sábado, novembro 03, 2012

«Malhas Que o Destino Tece» nasceu em Faro





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O Elos Clube de Faro, empenhado na defesa da cultura e do mundo de língua portuguesa, foi incansável no apoio à publicação de «Malhas que o Destino Tece». Este livro é uma compilação de cinquenta e seis textos com um cariz profundamente autobiográfico, escritos na primeira pessoa, sendo, em cada um deles, visitada uma personalidade que, de alguma forma, «tocou» o autor. Na capa vê-se a esfera armilar, e laços atravessam-na, sugerindo «abraços ao mundo». As oito bandeiras dos países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa aparecem em baixo, por ordem alfabética, representando o universo lusófono, que surge ao longo dos cinquenta e seis textos. Portugal ocupa um lugar privilegiado, e lendo-se as sucessivas crónicas viaja-se por Lisboa, linha de Cascais, Sintra, Porto, Coimbra, Alcochete, Monsanto, Nazaré, Algarve, ou Santa Maria, nos Açores.  O Brasil está presente com o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador da Baía. Bissau, onde fui professor, surge através de uma sua embaixadora, a «Dona Berta». Há referências a Moçambique, a Angola, a Cabo Verde, a comunidades portugueses espalhadas pelo mundo, e Timor-Leste surge, de forma misteriosa, a «completar» este mundo. Mas são as PESSOAS que, acima de tudo, se encontram em «Malhas que o Destino Tece», título inspirado no verso pessoano «Malhas que o Império Tece». Começa-se pelo próprio PESSOA, com um texto premiado; depois, outro texto premiado, dedicado a um grande amigo de Portugal, o saudoso Embaixador Dário Castro Alves, muito meu amigo. Viaja-se em seguida pelas figuras mais díspares, entre as quais poderei destacar um bisneto de Eça de Queirós, um primo genealogista, uma reclusa da prisão de Tires, um atirador especial descendente do poeta Correia Garção, um político (Dr. Álvaro Cunhal) em quem eu quis ver o «homem por detrás da máscara», um filósofo (Agostinho da Silva), o muito saudoso Dr. Henrique Barrilaro Ruas, o Dr. Baltazar Rebelo de Sousa, um jogral «U-Tópico», um grande pensador (Eduardo Lourenço), um grande humorista (Jô Soares)... Aparecem também familiares, amigos, ex-professores meus, entre um mar de vivências. Procuro com «Malhas que o Destino Tece», um livro que foi «vivido a cem por cento», dar testemunho de um modo de estar no mundo, que é o nosso, herdeiros de Camões, de Pessoa, de Machado de Assis... Foi o meu amor a Portugal e ao mundo de língua portuguesa que me fez escrever as sucessivas crónicas. Vivi cada palavra, cada vírgula e, após o contacto com o Elos Clube de Faro (cuja Presidente, CE Dina Lapa Guedes de Campos, me conhecera na entrega dos prémios do concurso literário comemorativo dos 50 anos do Elismo) pensei que fazia todo o sentido associar-me ao mesmo para a publicação deste meu livro. Agora há que fazê-lo crescer, mais e mais, divulgando-o e fazendo-o chegar às mãos de um número crescente de leitores. Por amor à nossa Língua e à nossa Cultura!
Jorge Chichorro Rodrigues




fonte: http://malhasqueodestinotece.blogspot.pt/2012/10/malhas-que-o-destino-tece-nasceu-em-faro.html 

para aquisição:  http://faro-faro.olx.pt/malhas-que-o-destino-tece-iid-433311894