JAMAIS ALGUÉM ULTRAPASSOU CAMÕES
Vai…vai dizer depressa às multidões
Corre…corre veloz e não te esqueças
Que neste mundo cheio de promessas
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Vai…vai dizer às novas gerações
Que neste mundo cego e às avessas…
Poetas às mãos cheias, às remessas
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Vai… vai dizer aos nossos vendilhões
Catedral da Poesia Portuguesa,
Tem em Camões a glória, a pureza
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Que venham por aí mais toleirões…
Mostrar ufanos tão grande cultura
E porque eu…aprendi Literatura…
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Vai… canta a poesia nos salões…
Recebe as honrarias e mais palmas
E no céu mais contentes ficam as almas
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Além da vida… novas gerações
Mais poetas tiveram vida dura
Deram-nos mensagem da ternura
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Vai… vai… grita mais alto a bons pulmões
Morre o poeta… todo o povo o aclama
Depois de morto glória e mais fama
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Vem cantador, manter as tradições
Vem cantar para a rua, trovador
Cantarão para sempre em teu louvor
Jamais alguém ultrapassou Camões!
Maria José Fraqueza
Nota: Este poema foi 2º Prémio de Poesia e Desenho, Vila Nova de Famalicão.
O poema foi totalmente dactilografado formando o desenho do rosto de Luís de Camões.

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