Ética e Elismo por José Luís Guedes de Campos

Ao longo da nossa vivência como Elistas, somos confrontados com tomadas de posição que nos chocam pela falta de gentileza, dignidade e de espírito, mormente a falta de respeito ao próximo.

A evolução das sociedades é afectada pela falta de cultura, que constatamos, pela quebra dos valores éticos, morais e da família. Passamos de um tempo em que os valores religiosos judaico-cristãos, moldavam o homem e a sociedade a um tempo quase imoral da satisfação do ego, do prazer imediato e do consumismo, com quebra de todos os valores. Vivemos o tempo do individualismo exacerbado.

Ao estar ao serviço da comunidade, os Elistas, são confrontados com diversas situações ou dilemas que podem levantar interrogações, incertezas e indecisões que podem e devem ser objecto de reflexão e decisão. A ética e a deontologia, são ferramentas, que temos ao nosso dispôr para ultrapassar eventuais obstáculos a nível pessoal e das organizações.

A Ética relaciona-se com a dimensão pessoal de qualquer acção humana e da forma como ela resulta do eu do ser humano. A Ética interliga-se com a Moralidade, e interage com as acções condicionadas por hábitos e costumes, externos ao indíviduo e conduzindo a leis e regras. A Deontologia, conjuga a Ética e a Moralidade e determina os deveres e responsabilidades adequados ao ambiente profissional em que se insere.

Os seis padrões morais que norteiam os códigos de ética:
1. Confiabilidade
1.1. Honestidade
1.2. Integridade
1.3. Confiança
1.4. Lealdade
2. Respeito
3. Responsabilidade
4. Justiça
5. Zelo/diligência
6. Cidadania

São estes também os padrões morais da conduta elista .

Compete ao Elista interpretar o triângulo dos deveres e dos dilemas:



A nível das organizações importa analisar o seu funcionamento, por forma a evitar “pecados mortais”, como adesão excessiva aos sistemas, protocolos e políticas estabelecidas, orientação de curto prazo e auto-interesses míopes. Ainda os aspectos pertinentes para ausência de confiança nas organizações e os sintomas de pensamento grupal.

Os códigos de ética ou conduta abordam a relação do indivíduo com a Sociedade em que os valores como integridade, consideração pela saúde e segurança do público, colegas e colaboradores, opinião fundada e acção construtiva estão presentes.
No exercício da sua actividade, o Elista, deve procurar melhorar os padrões da mesma e aumentar a sua eficácia, evitando comportamentos que desacreditem a dignidade e a honra do Elismo. Com os outros cidadãos, deve ser leal e actuar com justiça e equilibrio para com as partes, clarificar qualquer conflito potencial de interesses, com os Elistas, assegurar que a origem de um trabalho é atribuída ao seu autor, promover a melhoria da formação e desenvolvimento intelectual do próprio, dos Companheiros e de membros futuros, não prejudicar a reputação, perspectivas e prática Elista de outros Companheiros Elistas, deve reportar práticas incorrectas aos orgãos hierárquicos.

A ética e a deontologia, por si só, não são suficientes para que o Elista, possa evitar decisões desastrosas e prejudiciais aos diversos intervenientes, é necessário compreender os processos de grupo, as limitações culturais das pessoas e a realidade em que se inserem, utilizando os instrumentos de gestão adequados para a tomada de decisões com qualidade. Reflectindo sempre antes de tomar decisões ou firmar posições que sejam irreversíveis. O Elista tem que ser uma indíviduo de consenso, respeitador dos princípios da carta de filosofia elistas e da estrutura hierárquica elista.

Conclusão

A educação, a ciência e a cultura estão interligadas modernamente com a liberdade de criação intelectual, artística e científica e a liberdade de aprender e ensinar.
Um Elos Clube é um campo aberto, por excelência, aos trabalhos e às reflexões.

O conhecimento da Carta de Príncípios da Filosofia Elista e Estatutos Elistas, da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e das bases da Ética e da Deontologia devem contribuir para a formação académica, cultural e cívica dos Elistas.

O Elismo é uma filosofia estruturante da sociedade pelas suas boas práticas, pelo incentivo à cultura e pela filosofia subjacente que se enquadra nos padrões morais da ética.

José Luís Guedes de Campos