quarta-feira, abril 21, 2010

MENSAGEM DE FÉ

Aprendi com meus pais,
que aprenderam com meus avós:
"Não há mal que não traga bem!"
Pensando assim,
vou em frente, tentando acertar.

Em tudo o que já fiz e tenciono fazer
é como se uma força estranha
dominasse todo o meu ser
e tomasse conta de mim,
empurrando-me pelos penhascos da vida,
fazendo-me subir e descer.

É como a força das águas,
batendo em rochedos,
arrebatando-se em mar de espumas,
voltando a ser água límpida e clara,
transformando-se em corredeiras,
escalando montanhas,
formando cachoeiras.

É como a força do vento que sopra veloz,
formando o ciclone, revoltando o mar,
ou tangendo a areia em busca do sol.

Sou impulsiva como um vulcão,
impetuosa como um tufão,
mas sei recuar
e desfraldar a bandeira branca da paz.
Não tenho meio termo: faço ou não faço.
Não sei fingir, mas sei chorar...

Quando choro,
minhas lágrimas de mulher frágil:
são lágrimas, explodindo em forma de palavras
que não podem ser ditas.

Não gosto de perder
mas não quero ganhar o que o outro perdeu.

Quero lutar,
quero vencer,
mas se perder...
"Não há mal que não traga bem!"

Já diziam os meus pais.

Maria Araújo Barros de Sá e Silva*
Elos Clube de Santos Célula Matter
Presidente do Elos Internacional da Comunidade Lusíada
Gestão
2003/2005

*in Elistas Escrevem III - Compêndio de Artes