segunda-feira, março 12, 2007

SER ELISTA

SER ELISTA

Todos quantos aderimos ao Elismo, aceitando ser associados de um Elos Clube, fizemo-lo por concordarmos com os valores e princípios que estão na base e razão da sua existência e fundamentalmente porque falamos a mesma língua e temos uma cultura, pesem embora as particularidades de cada povo, que é uma cultura de todos nós e que muito tem de igual, que defendemos e queremos desenvolver e preservar.

Por isso, se somos elistas não é apenas porque gostamos de conviver e confraternizar, de conhecermos outras pessoas e com elas iniciarmos qualquer tipo de relação.

O elista é aceite e recebido como tal, por sabermos que acredita, vive, defende e está disposto a lutar, a promover e a colaborar na difusão e expansão dos valores elistas, e porque concorda com a necessidade de combater quem procure apagá-los, destrui-los, substitui-los por outros bem diferentes dos nossos, dominar-nos culturalmente e até economicamente.

E não podemos esquecer que o Elismo nasceu para que estivéssemos unidos todos quantos a ele aderimos, e porque consciente e livremente aceitamos os seus valores e concordamos com a sua razão de ser.

E o elo que todos nos unem e cimenta a nossa indispensável união, é fundamentalmente a língua portuguesa que todos falamos.


E será apenas bem unidos que poderemos defender capazmente tudo aquilo em que conjuntamente acreditamos e tudo por quanto ansiamos e queremos viver no nosso dia a dia.

Assim sendo, nenhum Elos Clube terá razão de existir como tal, se viver isolado, se ignorar os outros Clubes e com eles não quiser participar e colaborar e acima de tudo se não der cabal cumprimento às disposições por que se rege todo o Movimento Elista.

Como claramente se diz na Carta de Princípios Elistas, “um Elos Clube jamais poderá entender-se como uma entidade isolada. Cada Elos é fracção de um todo, é parte integrante de um conjunto; é peça de entrosagem; é elemento que se prende a outros tantos, formando uma poderosa corrente de pensamento e acção em função de ideais e fins comuns.”

Assim sendo, todo o elista deve agir unido a outros e não isolado e separado de um todo em que está integrado.

E só unidos poderemos todos nós, elistas e respectivos Clubes, manter e expandir, por todos os quatro cantos do mundo, a nossa cultura, os nossos valores, a nossa língua, os nossos usos e costumes, a nossa maneira de ser e as nossas diferenças e particularidades.

Só unidos poderemos fazer vingar os nossos objectivos sociais e poderemos transferir para os nossos sucessores o nosso respeito pela família e pela Pátria de cada um de nós.

E é também unidos e bem conscientes das razões que nos determinaram a aderir ao Elismo que melhor poderemos compreender e aceitar as nossas diferenças de pessoas e de povos, ser compreensivos e tolerantes para com todos os outros.

“Certo é que - como lucidamente escreveu o nosso saudoso Companheiro Baltazar Rebelo de Sousa - por vezes surgem fragilidades que prejudicam a força do nosso Movimento. Alguns – sempre poucos – pretendem transformar Clubes e Directorias em sua permanente propriedade, outros – também poucos - jogam a sua projecção no Elismo como caminho para realizações de cunho pessoal, esquecendo, porventura, que estamos para servir e não para nos servirmos”.

E o que incumbe aos verdadeiros e conscientes elista é eliminar essas aludidas “fragilidades”, convencendo esses falsos elistas a arrepiar caminho e a aderir, viver, servir os ideais elistas e a defender os seus valores.

O elista, enquanto verdadeiro elista, não está à espera de recompensas nem de qualquer espécie de benefício pessoal. Serve e defende um ideal, tem prazer em servi-lo, sente devoção e quase encantamento, por tudo quanto tem raízes lusíadas e pelas respectivas virtualidades.

Acredita que servir os valores elistas é servir a própria humanidade e é ao mesmo tempo lutar pela solidariedade, pela paz e pela boa harmonia entre todos os homens.


Lisboa, 11 de Março de 2007-03-11

O Presidente do Elos Internacional

Alcindo Augusto Costa