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O Elos Clube de Faro, empenhado na defesa da cultura e do mundo de
língua portuguesa, foi incansável no apoio à publicação de «Malhas que o
Destino Tece». Este livro é uma compilação de cinquenta e seis textos
com um cariz profundamente autobiográfico, escritos na primeira pessoa,
sendo, em cada um deles, visitada uma personalidade que, de alguma
forma, «tocou» o autor. Na capa vê-se a esfera armilar, e laços
atravessam-na, sugerindo «abraços ao mundo». As oito bandeiras dos
países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa aparecem
em baixo, por ordem alfabética, representando o universo lusófono, que
surge ao longo dos cinquenta e seis textos. Portugal ocupa um lugar
privilegiado, e lendo-se as sucessivas crónicas viaja-se por Lisboa,
linha de Cascais, Sintra, Porto, Coimbra, Alcochete, Monsanto, Nazaré,
Algarve, ou Santa Maria, nos Açores. O Brasil está presente com o Rio
de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador da Baía. Bissau, onde fui
professor, surge através de uma sua embaixadora, a «Dona Berta». Há
referências a Moçambique, a Angola, a Cabo Verde, a comunidades
portugueses espalhadas pelo mundo, e Timor-Leste surge, de forma
misteriosa, a «completar» este mundo. Mas são as PESSOAS que, acima de
tudo, se encontram em «Malhas que o Destino Tece», título inspirado no
verso pessoano «Malhas que o Império Tece». Começa-se pelo próprio
PESSOA, com um texto premiado; depois, outro texto premiado, dedicado a
um grande amigo de Portugal, o saudoso Embaixador Dário Castro Alves,
muito meu amigo. Viaja-se em seguida pelas figuras mais díspares, entre
as quais poderei destacar um bisneto de Eça de Queirós, um primo
genealogista, uma reclusa da prisão de Tires, um atirador especial
descendente do poeta Correia Garção, um político (Dr. Álvaro Cunhal) em
quem eu quis ver o «homem por detrás da máscara», um filósofo (Agostinho
da Silva), o muito saudoso Dr. Henrique Barrilaro Ruas, o Dr. Baltazar
Rebelo de Sousa, um jogral «U-Tópico», um grande pensador (Eduardo
Lourenço), um grande humorista (Jô Soares)... Aparecem também
familiares, amigos, ex-professores meus, entre um mar de vivências.
Procuro com «Malhas que o Destino Tece», um livro que foi «vivido a cem
por cento», dar testemunho de um modo de estar no mundo, que é o nosso,
herdeiros de Camões, de Pessoa, de Machado de Assis... Foi o meu amor a
Portugal e ao mundo de língua portuguesa que me fez escrever as
sucessivas crónicas. Vivi cada palavra, cada vírgula e, após o contacto
com o Elos Clube de Faro (cuja Presidente, CE Dina Lapa Guedes de
Campos, me conhecera na entrega dos prémios do concurso literário
comemorativo dos 50 anos do Elismo) pensei que fazia todo o sentido
associar-me ao mesmo para a publicação deste meu livro. Agora há que
fazê-lo crescer, mais e mais, divulgando-o e fazendo-o chegar às mãos de
um número crescente de leitores. Por amor à nossa Língua e à
nossa Cultura!
Jorge Chichorro Rodrigues
fonte:
http://malhasqueodestinotece.blogspot.pt/2012/10/malhas-que-o-destino-tece-nasceu-em-faro.html
para aquisição:
http://faro-faro.olx.pt/malhas-que-o-destino-tece-iid-433311894