sexta-feira, dezembro 26, 2008

Boas Festas da V.P. Cont p/ Europa do Elos Internacional

Poesia - É Natal

É Natal


Pulsa,
Pequeno ser,
Lábios roxos,
Sofrimento de tantas cicatrizes,
Mas feliz por viver,
Despido de todas as ilusões,
Disposto a entregar,
O pouco que possui,
Humildade extrema,
Desprezado,
Abandonado,
Mutilado,
Mais um Natal,
Pequeno anjo.
De cabelos dourados,
Cor de cera,
De olhar com a profundidade do oceano

Enregelado,
Sob um manto de estrelas.

É Natal,
É rei sem trono,
Alimentado,
Pela fé e p’la esperança,

Se o mundo soubesse,
Como se pode ser feliz,

Dando graças pela vida,
Que se vive em cada dia.


Autor: José Luís Guedes de Campos

Poesia “selezionata” no Prémio “Pensieri in versi” -“Natale 2008”
Accademia Internazionale “Il Convivio”

Poesia - Histórias de Uma Noite de Natal

Histórias de Uma Noite de Natal

Em cada Natal
Palavras e mais Palavras,
Paliativos,
Lenitivos,
Ditas com Amor,
Bem Recheadas,
Que transformam
Em Calor,
A solidão e a dor,
Porque Natal não é só Alegria,

Nas histórias de uma noite de Natal,
Palavras e mais Palavras,
Bem recebidas,
Permitem sonhar,
Construir o futuro,
Elevar as almas,
Dar Humanidade,
Salvar vidas,
Transformar a Noite de Natal,
Numa estrela brilhante,
Em que cada irmão saúda fraternalmente o seu irmão,
Fazendo cumprir o ensinamento:
"Ama o próximo como a ti próprio".


Pseudónimo: Navegante *

* José Luís Guedes de Campos
p/ Concurso de Poesia de Natal do Elos Clube de Santos - 2008

Elos Clube de Faro - Boas Festas

Mensagem de Natal - ALAP - FARLARJ da Com. Acad. Eliane Mariath Dantas

Federação das Academias de Letras do Estado do Rio de Janeiro - FALARJ
Academia de Letras e Artes de Paranapuã - ALAP



"ÁRVORE DE NATAL"
(Autor desconhecido)


Que pena! Você não viu a árvore de Natal que neste fim de ano armei! Ficou tão linda! Tão linda que mais parecia um sonho. Não tinha bolas vermelhas, pus no lugar momentos vividos com meus amigos, muitos foram com você. Bengalinha colorida, também não tinha nenhuma: no lugar botei abraços que meus amigos me deram ao longo de todo este ano. E os seus, foram fortes! As luzes de pisca-pisca, essas botei. Várias séries a piscarem alternadas. Mas as lâmpadas, troquei por sorrisos sinceros que me deram os meus amigos neste ano. E os meus amigos me deram muitas gargalhadas boas, daquelas francas, gostosas... também aqui seus sorrisos eram dos mais luminosos! Algodão, fingindo neve, não tinha nem um pouquinho.
Foi todo, todo trocado por gestos só de carinho. E foram tantos, meu Deus, que de amigos recebi por todo o correr deste ano, tanto nas horas de alegria, quanto nas horas onde a tristeza me pegou desprevenida. Muitos desses carinhos, você quem me deu. Agora, se você visse a belezura de estrela que eu coloquei na pontinha da Árvore de Natal... Nossa Mãe! Ficou demais! Tinha a cauda bem comprida! Faiscava em cada ponta o brilho de alguns olhares que meus amigos me deram: porque olhar de amigo feito irmão, pra mim, é feito uma estrela guia de nosso crescer sozinho. É alimento, é vida!
E foi luz no meu caminhar o brilho do seu olhar. Aos pés da minha Árvore coloquei os cartões que me mandaram os amigos distantes e, também, os que estão sempre perto de mim. Bem visível, pus o seu: "Feliz Natal!", "Boas Festas!", "Sucesso!",
"Felicidades!", "Jesus vai te abençoar!", "Paz e amor!"... Tudo de bom eles desejam pra mim e, nem me vêem chorar...
Você não viu minha Árvore, nem podia mesmo ver, porque ela é bem pequenina. É grande só na alegria. Foi feita assim desse jeito, porque senão, não caberia aqui... dentro do meu peito.

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!
Muita Paz, Saúde e Realizações!

São os votos sinceros de

Eliane Mariath Dantas e Família

sábado, dezembro 13, 2008

Mensagem de Natal 2008 do CE Arménio Vasconcelos

A minha visão daquele Natal

A chuva caía incessante.

Na quietude da casa casada com a Natureza, olhava pela vidraça a paisagem verde baça do arvoredo e o plúmbeo ar que escondia os céus, ouvindo os balanços sem retorno das águas que vinham dos montes e se agigantavam com as que caíam em bátegas estrondosas e traziam consigo os enormes grãos de saraiva.

Era Inverno em Portugal, nas margens do Lis que deixara de sorrir e, submisso, se deixara vencer pelas forças dos elementos.

Não se vislumbrava qualquer flor em toda a tela que só findava no horizonte e as montanhas encontravam-se cinzentas e encobertas pelas névoas que Éolo impelia na direcção do Oriente.

Dia triste, mas com vida, aquele dia…

Os meus olhos enfrentavam sobre a lareira onde as achas ardiam e no seu crepitar soltavam reluzentes chispas, mostrando-me as cores da alma e do Hades, um presépio: simples, calmo, luminoso, da cor da palha seca que amparava aquela Luz que se reflectia no alto sob a forma de estrela.

Tudo se conjugava, neste cenário, como um só elemento, um só corpo, sereno e perfeito, na paz e no calor soprado pelos animais que junto d'Ele ruminavam, dispensando agasalho a cobrir aquele corpo que sorria: o do Menino-Deus que tanto iria padecer.

E em ambas as direcções, antagónicas, de diferentes luz e paz, continuava eu, absorto, a dirigir o olhar para tudo compreender.

Então, conversei com Ele e roguei-Lhe que mantendo-se a unidade e a sublimidade do presépio, a Natureza se acalmasse, o regato voltasse a ser cristalino e os montes mostrassem de novo a sua identidade.

Sorrindo-me sempre, o Menino levantou ligeiramente a palma da sua mão que reflectia a luz da estrela situada no cimo do Seu presépio.

Nada senti por momentos, nem onde estava nem o que via, até que debaixo das pétalas que voavam sobre todo aquele cenário, os meus olhos passaram a ver e a sentir a Natureza acalmada, a luz do Sol a cobrir os vales e as serras e, junto ao regato agora prateado e vestido de águas límpidas e de pedras lavadas, uma singela flor branca de corola ridente apontando na direcção da Luz e lançando-Lhe a sua fragrância inebriante e doce, mágica e sublime.

É preciso conversarmos com o Menino-Deus. Crermos. Deixarmo-nos entrar no mundo encantado do irreal e na Sua companhia nos encontrarmos com a realidade que afinal é sempre calma, luminosa e musical.

Tudo isto me aconteceu naquele Natal.


E tu, Amigo(a):

Cerra as pálpebras. E sob o enlevo das "Bachianas" de Villa-Lobos, sorvendo os aromas das orquídeas que perpassam pela sala de visitas da tua alma, sentindo o crepitar do lenho, que antes acendeste, relembra aquele local e aquele momento em que a Natureza te maravilhou. Desperta então. Conversa com o Menino-Deus e verás sempre o que desejares ver, em todos os momentos e em todos os lugares, do Bem, do Belo e do Sublime.

E, no fim, cumprida esta missão e terminada esta oração, independentemente das prendas, das lâmpadas multicores, e das inovadas árvores (que vieram substituir, sem eu saber porquê, o fascinante momento de correr para a lareira em busca do presente que o próprio Menino me trouxera pela chaminé, durante a noite…) te encontres contigo próprio(a) e com Ele e sintas uma verdadeira Felicidade neste e em todos os Natais.

É este o meu presépio

Natureza inclemente

Cinzenta e estrondosa

Naquele momento

A Poente do lugar

Donde emanava a Luz formosa

Diferentes cenários e sentidos

Nas linhas do meu olhar

São vales, montes, prados, rios e mar

E aqui os animais, deitados, reunidos.

Aquecendo as palhas e o corpo débil

Daquele Menino-Deus que sorria feliz

Nos braços amorosos de Sua Mãe

Num amor Divino, rico e fértil

No instante em que raiava a luz

D'Aquele que tanto padeceria na Cruz.

NATAL de 2008

O Arménio Vasconcelos