segunda-feira, outubro 31, 2005

DISCURSO FINAL DA CONVENÇÃO - XXV CONVENÇÃO INTERNACIONAL DO ELOS INTERNACIONAL DA COMUNIDADE LUSÍADA



Estimados Companheiros Elistas,

Peço vênia para me expressar em 1ª pessoa, porque desta forma sentir-me-ei mais perto de todos. Como não sou boa oradora, peço permissão para fazer minha despedida em versos.

Prometo, não me alongarei. Serei breve. Necessito, apenas, de uns poucos minutos suficientes para agradecer aos amigos sinceros que me apoiaram.


É chegada a hora de me despedir

Vou-me despedir sem dizer adeus

Somente o cargo eu posso transmitir

Levo a saudade dos amigos meus


É saudade infinda que me dói na alma

Apertando o peito e o meu coração

Machuca meu ser rouba minha calma

Podendo afirmar: cumpri a missão


Assumo: falhei não devo negar

Nobres companheiros peço perdão

Mas contra a maré não pude remar

Dei meu esforço com dedicação


Correspondi-me com todos os Elos

Incentivando a comunicação

Vários apelos e doces anelos

Com pouco retorno ou explicação


Atendi convites falei de Elismo

Divulguei Elos por onde passei

Reforçando a corrente do idealismo

Conquistei amigos por onde andei


Eu prometi dar o melhor de mim

Fazer do Elos um grande fanal

Não me foi possível mas mesmo assim

Ele está brilhando embora frugal


Criando o Portal da Lusofonia

Para simbolizar o nosso idioma

Uma prática de cidadania

Ato cívico que ao Elismo soma


Tenho grande fé em Nosso Senhor

No trabalho na luta na esperança

E eu vejo o Elos cheio de fervor

À procurar um porto de bonança


Neste momento devo agradecer

Não posso esquecer os dias tão belos

Horas alegres cultura e lazer

Praticando Elismo em todos os Elos


Quero agradecer aos bons companheiros

Que me receberam em Portugal

Todos tão gentis tão hospitaleiros

Dando-me guarida apoio total


Maio - dois mil e quatro primavera

Os Elos festivos se engalanaram

Convívio feliz tudo sem quimera

Minha chegada todos festejaram


Lisboa Tavira Faro e Olhão

O Porto e Coimbra e Figueira da Foz

Mesmo objetivo mesma tradição

Língua Portuguesa numa só voz


Nesta Convenção eu quero externar

Minhas saudações minhas despedidas

Minha gratidão eu quero deixar

Para as pessoas que me são queridas


Exalto o trabalho muito eficiente

Da Nobre Comissão executiva

Desta Convenção que foi excelente

Tarefa perfeita bem produtiva


Amigos companheiros de jornada

Agradeço pela vossa atenção

Sigamos juntos nesta caminhada

Elevando o Elos à sublimação


Tavira – Convenção 2005.


CE MARIA ARAÚJO

Presidente Internacional

2003/2005.

DISCURSO DE ABERTURA - XXV CONVENÇÃO INTERNACIONAL DO ELOS INTERNACIONAL DA COMUNIDADE LUSÍADA



Exmª CE Maria Isabel Fernandes Dias,

DD. Presidente do Elos Clube de Tavira;


Exmº Sr. José Macário Correia,

DD. Presidente da Câmara Municipal de Tavira;


Exmº CE Dr. Alcindo Augusto Costa,

M.D. Vice-Presidente do Elos Internacional;


Exmº CE José Luís de Campos,

M.D. Vice-Presidente do Elos Internacional para a Europa;


Exmº CE Miguel Contani

M.D. Vice-Presidente Internacional para a América do Sul


Exmª CE Dina Lapa de Campos,

DD. Governadora do DE Sul do Elos Internacional


Caríssimos CCEE Organizadores desta Convenção:

Luís Horta, Isabel Dias, Gabriela Mendonça, Lourdes Drago, Filomena Andrade, Vitor Teixeira Marques, Leonildo Santos;


Nobres Companheiros Convencionais, do Brasil, de Portugal, da Ásia e da África,


Senhoras e Senhores,


Sob a proteção de Deus, declaramos instalada a XXV Convenção do Elos Internacional da Comunidade Lusíada, fazendo nossa esta citação do saudoso Eduardo Dias Coelho, idealizador do Movimento Elista:


“Senhor,

Estamos aqui reunidos na condição de herdeiros espirituais dos homens das sete partidas, daqueles que pregaram em todos os recantos da terra, a fé, a esperança, a caridade e a paz...”

Agradecendo a todos, pela gentil presença, iniciamos citando uma quadra de Medeiros e Albuquerque:

Eu sei, Senhor, que não mereço nada,

mas ponho em tuas mãos, humildemente,

meu coração que sofre. E, resignada,

minha alma aguarda, confiante e crente.”


Senhoras e Senhores,

O tema desta Convenção ELISMO – PONTE DE ESPERANÇA E AFIRMAÇÃO DE HUMANISMO NO ESPAÇO LUSÍADA nos remete ao início de uma jornada que teve seu ponto de partida, com o surgimento do ELISMO, em 8 de agosto de 1959, embora sua gênese tenha raízes profundas que permaneceram latentes por centenas de anos.

Desde os primórdios, a comunicação, em suas diversas formas, tem sido uma ponte de contato entre os seres humanos, sendo a língua a maior ponte para tal finalidade. Atualmente, somente no Brasil já são 180 000 000 de almas comunicando-se em língua portuguesa, num raio de 8 516 037 km2, pois do Oiapoque ao Chuí fala-se português.

O ELISMO está para nós, assim como o HUMANISMO estava para os pensadores italianos do século XIV.

A respeito do HUMANISMO, disse Jânio Quadros no seu “CURSO PRÁTICO DA LÍNGUA PORTUGUESA E SUA LITERATURA” v. V, p. 49:

Petrarca com as Rimas e Bocaccio com o Decameron, influenciaram, sobremodo, a cultura ocidental.”

Os acontecimentos políticos que se verificaram em Portugal após a morte de D. Fernando (1383), muito contribuíram para a renovação da cultura lusitana, porque assume o trono o Mestre de Avis que, com o nome de D. João I, procura apoiar todos os movimentos culturais de Portugal. Ele próprio ofereceu um clima de exuberantes possibilidades àqueles que se dedicavam às letras. Escreveu o Livro da Montaria, como que querendo dar exemplo de seu carinho para com a cultura do povo. A morte do rei não trouxe solução de continuidade, porque seu filho, D. Duarte, que assumiu o trono, em 1433, continuou incentivando os artistas e literatos. A nomeação de Fernão Lopes para o cargo de Guarda-Mor da Torre do Tombo confirma o seu desejo de bem servir à cultura da gente portuguesa.

Inicia-se, então, a humanização da cultura com aquela mesma preocupação européia da valorização do homem como indivíduo e como coletividade.

Os grandes descobrimentos e as conseqüentes conquistas ultramarinas contribuem para aumentar, cada vez mais, a aspiração já latente no espírito dos intelectuais da época. Tomados por um sentimento de realismo, a poesia, as crônicas e o teatro se laicizam e daí considerarem o homem não apenas como imagem e semelhança de Deus, mas como um membro, um participante ativo e passivo de um mundo material.”

Estribados nesses conceitos, os “Heróis do Mar” transformaram os oceanos em pontes de ligação para dar “mundos novos ao mundo”, e, desde então, a participação do homem tem sido uma ponte imutável. Com os seus anseios, com a sua vontade de liberdade, com a sua coragem, com a sua força de expressão, o homem tem rompido fronteiras, unindo a poesia, a arte erudita com a arte popular, a serviço da cultura lusíada, numa compreensão mútua e no respeito à dignidade humana.

Nesse clima de euforia “os homens das sete partidas”, os desbravadores lusitanos, entre outras Pátrias, descobrem o Brasil. Encontrando na nova terra um porto seguro para suas aspirações, implantam o HUMANISMO LUSÍADA e, sob o signo da cruz, surge uma nova era e uma nova raça.

Com a descoberta do Brasil, o espaço lusíada se alarga, em 8 516 037 km2. E, com a introdução da língua portuguesa e da fé cristã, o HUMANISMO consolida-se, fincando raízes em terreno fértil para produzir bons frutos.

Cinco séculos se passaram e hoje, como parte integrante dessa nova raça, ousamos descrever a nosso modo, como tudo deve ter acontecido:

Nove de março de mil e quinhentos,

formou Portugal grande expedição:

treze vasos levando mantimentos,

um grande alarido e bastante ovação;

embarcações revezam movimentos,

físicos, médicos, um tabelião,

gente escolhida: um frei e um bacharel,

da confiança do bom rei D. Manuel.



Com oito missionários franciscanos,

no comando, Frei Henrique de Coimbra,

um vigário, alguns padres lusitanos,

um piloto com material que timbra

as cartas referentes aos oceanos,

pra lazer, só as pedrinhas de Ximbra;

Pero Vaz de Caminha, o escrivão,

um erudito da navegação.


Caravelas, navios embandeirados

saíram de Alcáçova até Belém,

homens fortes, valentes, preparados

para a fama e vitórias mais além:

enfrentar mares nunca navegados,

aventura que a Portugal convém,

disse El-rei D. Manuel, o Venturoso,

ao Cabral, um fidalgo corajoso.


Depois da missa e do sermão do bispo,

entrega o rei, a bandeira a Cabral,

o símbolo da fé, a Cruz de Cristo,

um escudo contra o frio, temporal

e contra maremoto nunca visto...

parte a frota, deixando Portugal,

singrando o Tejo em direção ao sul,

valentes da nobreza, sangue azul.


Nas Canárias pairava a calmaria,

toda a esquadra deteve-se a rezar

belos hinos de louvores à Maria

e depois prosseguiu por alto-mar.

Sinal de vida: uma ave aparecia

de manso, como forma de saudar.

Terra à vista!” Era vinte e dois de abril:

Céu e mar! Terra virgem! É Brasil!


Avistaram ao longe, os navegantes,

um relevo que chamaram Pascoal,

pernoitando nas águas espumantes

perceberam selvagens no local,

os índios do Brasil, os habitantes

da terra descoberta por Cabral,

encontrando uns ilhéus, Porto Seguro,

ancorou muito firme o palinuro.


Domingo, vinte e seis do mês de abril

armou-se num ilhéu um tosco altar,

primeira missa em terras do Brasil,

o nobre capitão mandou rezar

e repetindo o feito tão gentil

a um de maio, outra missa, outro altar...

E a carta bem escrita por Caminha

narrava ao Rei tudo o que a terra tinha:


Ó meu mui amado e querido Rei,

esta terra descoberta é muito boa,

gente avermelhada, parda e sem lei

tem cabelos tosquiados, sem coroa,

anda nua, sem vergonha, eu notei

nas cabeças, penas de ave que voa,

beiços de baixo, longos e furados,

com fusos de algodão atravessados.”.


Da mata virgem nasceu o Brasil,

agasalhado pelo céu azul,

nasceu valente, forte e varonil,

onde se vê o Cruzeiro do Sul,

hospitaleiro, nunca foi hostil,

acolhe todos com amor taful:

o branco, o negro escravo e o amarelo

miscigenam o índio com anelo.


Ó Brasil! Nestes teus quinhentos anos,

quanta coisa positiva a contar:

Castro Alves, tantos poetas baianos...

Vila Rica, ouro e prata a rebrilhar!

Rei Pelé, carnaval todos os anos;

Amazonas, São Paulo a trabalhar;

Brasília, grande orgulho da Nação;

Elos Clube, forte laço de união!


Santos, terra de Brás Cubas, celeiro de poetas, onde nasceu José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e, também, Eduardo Dias Coelho, idealizador do ELISMO é uma cidade praiana, ligada a Portugal, não somente pelas águas do Atlântico, mas também, e, principalmente, pela língua, pelos usos e costumes, pela amizade e pela fraternidade.

Ao lado de Santos, situa-se São Vicente, a “Cellula Mater da Nacionalidade” brasileira, onde em 1532 ancoraram as caravelas de Martim Afonso de Souza. As duas cidades completaram um cenário perfeito, para depois de quatrocentos e vinte sete anos do descobrimento do Brasil, Eduardo Dias Coelho, idealizador do ELISMO fundar o Elos Clube, juntamente com seus companheiros, Manuel Antônio Marçal, Hermes Barsotti, José de Souza, Mário de Almeida Nunes, Manuel Antônio Gomes, Joaquim da Rocha Brittes, Arimondi Falconi, Aires Pedro dos Santos, Adelino Miguéis Picato, Waldemar da Cruz, Luiz Espinha e Henrique Martins.

Temos ainda entre nós, quatro companheiros fundadores: Manuel Antônio Marçal (o primeiro presidente), Manuel António Gomes, Henrique Martins e Joaquim da Rocha Brittes.

Portanto, o ELISMO aflorou nas duas cidades, no Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1959, com os mesmos anseios que levaram os pensadores do século XIV a conhecerem a antiguidade, com todas as manifestações artísticas que correspondem ao HUMANISMO com sua tendência cultural.

O ELISMO visa a difundir e defender a pureza da língua portuguesa; promover a integração dos países que a falam; defender as artes, a cultura e as tradições lusíadas, lutando pela integração do ser humano.

Em princípio, nasceu o Elos Clube de Santos, que passou a ser conhecido como a Cellula Mater do ELISMO MUNDIAL, porque dele nasceram os Elos Clubes de: São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e o primeiro Elos fora do Brasil, o Elos Clube de Lisboa.

Outros Clubes foram surgindo no Brasil e no Exterior, ampliando-se a corrente em todo o mundo. Este Elos que, no passado 8 de agosto deste ano de 2005, completou 46 anos de existência. Este Elos que, com apenas dois anos de vida, sediou a primeira Convenção Nacional, e, ao longo de sua trajetória, já participou de inúmeras Convenções Internacionais.

Em pouco tempo, o ELISMO espalhou-se pelo Brasil, Portugal, Ásia e África, levando sua filosofia aos quatro cantos do mundo.

Não há como negar que a filosofia elista aplica-se perfeitamente à forma de ser e estar de brasileiros e portugueses, porque são duas nações irmãs, que se assemelham.

Em dezembro de 1964, durante o I Congresso das Comunidades Portuguesas no Mundo, um congressista da Comunidade Lusíada da Cidade de Santos afirmou: “É conhecida a facilidade que o emigrante português tem para se integrar nos meios sociais onde se radica. O português não reage à assimilação desses meios, como acontece com outros povos, antes procura identificar-se com eles e adotar-lhes os usos e costumes. (...)”

No Brasil é assim: O português chega aqui, instala-se, mistura-se, desenvolve e consolida rapidamente relações afetuosas com portugueses e brasileiros, indistintamente, cria interesses e laços de família, não tardando a integrar-se completamente à vida brasileira. Influi e recebe influências. É exemplo de trabalho e de dedicação à terra que o acolheu, sem deixar de ser fiel à Pátria de origem. É respeitado e estimado por tudo isso.

Por outro lado, o brasileiro corresponde inteiramente aos desejos de aproximação do emigrante português, facilitando-lhe extraordinariamente a integração. Ajuda-o, abre-lhe de par em par as portas de sua casa, associa-se com ele nos empreendimentos, não reage contra os seus costumes, antes adota muitos deles, que são, assim, incorporados ao patrimônio cultural brasileiro.

Dessa forma se desenvolve um processo natural de permuta de idéias, sentimentos, costumes e interesses, que distribui mutuamente os benefícios entre o integrado e o integrante.(...).

Na primeira Convenção do Elos Clube da Comunidade Lusíada, realizada em Santos, entre 4 e 8 de agosto de 1962, foi adotada a expressão “Comunidade Lusíada” em substituição da usada até então por aquela entidade – “Comunidade Luso-Brasileira”. Foi uma idéia feliz, que veio dar nova dimensão aos conceitos de Comunidade Portuguesa e Comunidade Luso-Brasileira, fundindo-os em um único significado, extensivo a outras partes do mundo onde se fale ou se adote a língua portuguesa.

Graças a essa facilidade de entrosamento, o ELISMO se expandiu fora do Brasil e em pouco espaço de tempo, de 1959 a 1985, vinte e seis anos, portanto, foi possível a implantação de várias unidades elistas, em diversas partes do mundo, confirmando o que Eduardo Dias Coelho preconizou na Carta de Princípios: “ O ELISMO é um movimento cultural de congregação de valores humanos dispostos a defender e promover a boa compreensão entre os povos de TODO O MUNDO.”

Depois da inauguração do Elos Clube de Lisboa, em janeiro de 1963, surgiram outras unidades criadas por Portugal:

1968 – Elos Clube da Beira – Moçambique;

1969 – Elos Clube de Luanda;

1971 – Elos Clube de Johanesburg; Elos Clube de Lourenço Marques – Moçambique; e Elos Clube de Moçâmedes – Angola;

1973 – Elos Clube do Porto e Elos Clube de Estarreja;

1981 – Elos Clube de Oeiras;

1983 – Elos Clube de Faro e Elos Clube de Trofa (Aveiro);

1984 – Elos Clube de Kinshasa – (Zaire);

1985 – Elos Clube de Tavira e Elos Clube de Olhão.


Quatro anos depois, em 1989, nasce o Elos Clube de Macau;

1991, o Elos Clube de Coimbra;

1992, o Elos Clube de Figueira da Foz; e

2001, fundam-se o Elos Clube de Dili e o Elos Clube de Moçambique, na cidade da Beira.

Braga, Fafe, Portimão, Santarém, Goa e San Diego tiveram também os seus Elos Clubes, no entanto, não temos registro algum dessas seis unidades.

Enquanto a filosofia elista difundia-se em todo o mundo, no Brasil alargava-se de Norte a Sul, de Leste a Oeste, de forma prazerosa.

Hoje, não mais temos todas essas unidades em perfeita atividade, restando, apenas, aquelas cujos dirigentes valorizam verdadeiramente a nossa língua, as nossas tradições, os nossos usos e costumes, o culto ao lar, o respeito à família, a veneração à Pátria, o amor ao próximo, a dedicação ao trabalho, a honradez, a irrevogável idoneidade moral e todos os preceitos constantes de nossa Carta de Princípios.

A paralisação de algumas unidades não nos intimida. Pelo contrário, nos dá mais ânimo, mais força para lutar pelos nossos ideais.

Khalil Gibran disse: “Somos as sementes de uma planta tenaz, e é quando amadurecemos e atingimos a nossa plenitude de coração que o vento se apodera de nós e nos espalha.”

O Movimento Elista tem apenas 46 anos de existência, portanto, ainda bastante jovem e é natural que algumas sementes não germinem, como que, a “separar o joio do trigo”.

Portanto, Nobres Companheiros Convencionais, a resposta para o tema da Convenção ELISMO – PONTE DE ESPERANÇA E AFIRMAÇÃO DE HUMANISMO NO ESPAÇO LUSÍADA, a nosso ver, está explícita nas palavras de Eduardo Dias Coelho que previu e preconizou:


O Elismo é o grande instrumento para esse fim”.

É preciso que cada elista tenha consciência disso.

É preciso que cada um de nós contribua com sua parcela, por mais modesta que ela seja, para a construção de um mundo melhor!”

Assim tem que ser, porque o mundo é obra de todos nós”.(...).


Outubro, Convenção 2005.

MARIA ARAÚJO BARROS DE SÁ E SILVA

Presidente Internacional 2003/2005.



domingo, outubro 30, 2005

Luta e Glória - "O INFANTE E A SAGA PORTUGUESA" por Nina Tubino





Luta e Glória

Oh! Infante
Filho, irmão, tio
Do Império.

Imperador do mar.
Alargaste Portugal,
Ampliaste a economia,
Protegeste o poder,
Enquanto outros,
Em lutas constantes,
Lavavam de sangue
O solo lusitano.

Deste ao poder a glória,
A Portugal, o mar,
A nós, a nova terra.

Dos teus ensinamentos
De cosmologia e geofísica
Nasceram os hábeis marujos,
Os destemidos e abençoados
Homens do mar.

Oh! Infante,
Hábil comerciante do escambo,
Visitante do Mediterrâneo,
Padrinho da lusa corte,
Teu corpo frágil e vencido
Dorme na Batalha.
Tua alma rija e forte
Ainda perscruta o mar
Na busca das caravelas perdidas,
Enauqnto navega
Ao infinito ...

Nina Tubino*
in "O INFANTE E A SAGA PORTUGUESA"
Homenagem ao Gênio dos Descobrimentos



* Nina Tubino (Nina Maria Harres Tubino Rangel de Freitas), professora, escritora, jornalista e poetisa.
Tem cadeira acadêmica na Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul; Academia de Letras do Rio de Janeiro, na Academia de Letras do Distrito Federal; na Academia dos Tovadores do Distrito federal. Sócia da Casa do Poeta de Brasília. Membro efectivo do Instituto Hidrográfico do DF e do Elos Clube da Comunidade Lusíada. Presidente da Academia de Letras dos Municípios do Rio Grande do Sul. Tem vários livros publicados e artigos em diversos jornais.





sábado, outubro 29, 2005

NOTA INFORMATIVA - XXV CONVENÇÃO INTERNACIONAL DO ELOS INTERNACIONAL DA COMUNIDADE LUSÍADA

ELOS CLUBE DE TAVIRA

XXV CONVENÇÃO INTERNACIONALDO ELOS INTERNACIONAL DA
COMUNIDADE LUSÍADA

NOTA INFORMATIVA

Defesa da Língua Portuguesa
Uma das principais preocupações da XXV Convenção do
Elos Internacional da Comunidade Lusíada que reuniu em Tavira

No dia 23 de Outubro, teve o seu encerramento em Tavira, a XXV Convençãodo Elos Internacional da Comunidade Lusíada, uma organização que esteve a cargo do Elos Clube de Tavira, sob a coordenação do CE Luís Horta.

Uma centena de participantes, proveniente dos Elos Clubes de Portugal e dediversos Estados do Brasil, reuniu durante três dias – entre 21 e 23 de Outubro –debatendo alguns dos temas que são mais caros a este Movimento.

Uma das questões imensamente debatida foi, como se calcula, a defesa da LínguaPortuguesa, uma das bandeiras que os elistas empunham com ardor, além da manutenção da cultura e das tradições lusíadas.

Uma das propostas, aprovadas por unanimidade, apresentada pelo Elos Clube de Niteroi (Estado do Rio de Janeiro), visou precisamente a introdução do Português como língua oficial das Nações Unidas.

No mesmo sentido, as comunicações dos Elos da Figueira da Foz, Rio de Janeiro e Tavira, apontavam também para a urgente defesa da língua portuguesa, na perspectiva do aproveitamento das capacidades do Movimento em cada região em que se encontra instalado um Clube.
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Para além de algumas questões ligadas ao ordenamento interno , a Convenção elegeu os dirigentes do Elos Internacional. O CE Alcindo Augusto Costa (E. C. de Lisboa) foi eleito Presidente Internacional, e Vice-Presidente o CE António Bento Jacinto Abraços (E.C. Rio de Janeiro). Juntamente com estes dirigentes máximos foram ainda eleitos os restantes Directores Internacionais. A Vice-Presidência para a Europa, pertence ao CE José Luís Guedes de Campos (E. C. de Faro) e é Governadora do Distrito Elista de Portugal/ Sul a CE Dina Lapa de Campos (E.C. de Faro). Para a Comissão Fiscal Internacional foi eleito, como Presidente, o CE Hamilton Lopes (E. C. do Rio de Janeiro).
****
Esta Convenção que decorreu com geral agrado dos seus participantes, teve como orador oficial o Prof. Doutor António de Abreu Freire, um dos primeiros responsáveis do Projecto Sabiá, tendo sido passado o testemunho entre a Presidente Internacional cessante CE Maria Araújo Barros de Sá e Silva e o Presidente eleito.

Nas cerimónias de abertura e de encerramento, além de altos dirigentes elistas,participaram diversas entidades, como o Presidente da Câmara Municipal de Tavira,Engº. José Macário Correia, o representante do Governador Civil de Faro,Prof. João Leal, o Presidente da Missão “Faro, Capital da Cultura”, Prof. DoutorAntónio Rosa Mendes.

Numa proposta do Elos C. de Tavira, foram evocadas duas figuras de Companheiros Elistasde grande merecimento, já falecidos – o Dr. Manuel Martins da Cruz que, entre várioscargos no Movimento foi seu Presidente de Honra, e o Dr. Baltazar Rebelo de Sousa, eleito em Tavira Presidente Internacional na Convenção de 1991.
O novo Presidente Internacional teve palavras incentivadoras para o crescimento e maior dinamização do Movimento.

A CE Maria Isabel Dias, Presidente do Elos Clube organizador, fez, no final, os agradecimentos, tendo a XXV Convenção do Elos Internacional da Comunidade Lusíadaterminado em clima de festa e de ampla confraternização elista.

Tavira, 26 de Outubro de 2005
O Coordenador da Convenção,

Luís Maria de Melo e Horta
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Adenda à Nota de Imprensa de 26/10/2005:

Na notícia acima corrigir: onde se lê, "...como Presidente, o CE Hamilton Lopes
(E. C. do Rio de Janeiro)." deve-se ler "...CE Hamilton Lopes (E. C. de Petrópolis), CE Dinaldo Bizarro (E.C. de Brasília), CE Fernando Henriques (E.C. de Maringá) e CE José Rufino Teixeira (E.C. São Paulo Sul)."

A CE Maria Araújo Barros Sá e Silva (Presidente Internacional cessante), por proposta da CE Nina Tubino do E.C. de Brasília, que foi aprovada por unanimidade e aclamação, passa a ser PRESIDENTE DE HONRA do Elos Internacional, pelo que passará a usar esse título que lhe foi outorgado pela Assembleia do Elos Internacional em 23 de Outubro de 2005.

Melhores Saudações Elistas
Vice-Presidente Cont. p/ Europa

C.E. José Luís Guedes de Campos

quinta-feira, outubro 27, 2005

PETIÇÃO PARA TORNAR OFICIAL O IDIOMA PORTUGUÊS NAS NAÇÕES UNIDAS

PETIÇÃO PARA TORNAR OFICIAL O IDIOMA PORTUGUÊS NAS NAÇÕES UNIDAS

Fundamenta proposta à Organização das Nações Unidas para oficializar o Idioma Português.

Considerando que mais de 250 milhões de pessoas se expressam no idioma português, com importante presença sócio-cultural e geopolítica em várias nações de todos os continentes, sendo a 5a mais falada no mundo (em números absolutos), a 3a entre as consideradas línguas universais de cultura e uma das 4 faladas nos seis continentes;

Considerando que uma língua, além de meio de comunicação, expressa conteúdo existencial, modos de sentir, de pensar e de viver de grupamentos humanos, constituindo, através dos séculos, uma identidade cultural, com peculiar criatividade, valores ético-sociais e sentimentos coletivos, refletidos no idioma que são intraduzíveis e que necessitam continuar vivendo e revelando culturas;

Considerando que a lusofonia vem se situando de forma crescente em várias partes do mundo, pelos seus escritores, poetas, inventores, cientistas, artistas, somando-se desde os navegadores e descobridores que fizeram sua história, com significativa presença nos meios de comunicação de massa através de telenovelas, noticiários, reportagens, etc, projetando-se na literatura, música, esportes e artes em geral;

Considerando que nosso idioma, ao se tornar oficial no universo da ONU, colocando-se em condições de igualdade com outros idiomas, é ato de respeito e apoio às comunidades das nações de língua portuguesa, valorizando sua unidade e participação sócio-econômico-cultural no contexto internacional;

Considerando o trabalho da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa / CPLP, que tem alcançado novos contornos nas relações internacionais, minimizando conflitos ideológicos do passado e ressaltando suas potencialidades nacionais e parcerias internacionais, com documentos de Chefes de Estado e de Governo das oito nações, em projetos de cooperação que estão dando corpo e alma aos fundamentos dessa nova Comunidade;

Considerando que a comunidade – CPLP – tem se empenhado em valorizar os seus três pilares – da política, da economia e da cultura, que colocam em conexão, de maneira respeitável, a África, a América Latina e a Europa, enfatizando o caráter universalista da lusofonia, que cada vez mais se afirma em nível supra-nacional;

Considerando que a iniciativa de tornar oficial o idioma português na ONU estará, por justiça e méritos, prestando um histórico serviço aos países de língua portuguesa, que constituem uma comunidade presente e atuante em todos os Continentes, com expressivo contingente populacional, incluindo: Brasil, com 180 milhões de habitantes, uma das dez maiores economias do mundo, líder natural do MERCOSUL; Portugal, com 10 milhões; Angola, com 11 milhões; Moçambique, com 17 milhões; Cabo Verde, com 417 mil habitantes; Guiné Bissau, com 1 milhão; São Tomé e Príncipe, com 130 mil e Timor-Leste, com 175 mil (estimativas recentes), que somam variados costumes, crenças, raças, tendências políticas e que têm a lusofonia como forte laço de identidade cultural e cooperação;

Considerando que este congraçamento de entidades culturais, que tem sua origem, essencialmente, no idioma português, deve constituir instrumento capaz de sensibilizar definitivamente a ONU para reconhecer o idioma português oficialmente, a exemplo da União Européia, torna-se indispensável, imprescindível mesmo, que o Elos Clube envolva o elismo nacional e internacional para o estabelecimento de um planejamento estratégico com a inclusão de Academias de Letras, universidades, órgãos nacionais representativos das profissões: OAB, Conselho Federal de Medicina, associações, e outras; o Congresso Nacional, a Assembléia da República Portuguesa e os Ministros das Relações Exteriores dos países de língua portuguesa, o que permitirá, finalmente, vencer os obstáculos e alcançar o objetivo de ver reconhecido pela ONU o idioma Português como oficial na sua organização, ao lado do Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo.


Colaboração do CE Waldenir de Bragança


Elos de Niterói, RJ, Brasil
Presidente CE Tomaz Correia de Miranda Lima


Petição Aprovada por Unanimidade e Aclamação na Convenção do Elos Clube Internacioinal da Comunidade Lusíada realizada em Tavira de 21 a 23 de Outubro de 2005

Vice-Presidente Continental para a Europa do Elos Clube Internacional
José Luís Guedes de Campos
elos.vpconteuropa@gmail.com

ESTA PETIÇÃO ESTÁ DISPONÍVEL PARA SER SUBSCRITA NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES EM http://www.petitiononline.com/AB5555/petition.html

AMOR - Poesia de Dinaldo Bizarro dos Santos


AMOR

Sendo o amor a força maior da humanidade,
o responsável pelo nobre sentimento-saudade
o principal alicerce da cristandade e
a origem suprema dos anseios de liberdade,
porque não esbanjá-lo com total espontaneidade?

Amor, expressão máxima entre as expressões,
fruto eterno de todos os corações,
razão de ser de todas as gerações e
evocação sempre presente nas poesias e canções,
porque não estar com ele em todas as ocasiões ?

Amor, tão puro quanto uma criança,
é vital cultuar sua presença e lembrança,
possuir com fartura e propiciar com bonança,
para que todos, indistintamente, cresçam na esperança.

Brasília, madrugada do dia 28/12/84
Dinaldo Bizarro dos Santos*

*Membro do Elos Clube de Brasília

Este poema foi ofertado a todos os Convencionais
presentes na Convenção do Elos Clube Internacional realizada
em Tavira de 21 a 23 de Outubro de 2005