sexta-feira, abril 30, 2010

ELOS CLUBE - Acróstico-Histórico

É um movimento humanista
Literário, sem igual,
Objectivos do Elista:
Serviço Internacional.

Desde a sua fundação (1959)
A tradição é lição.

Cultura à Lusofonia,
Ostenta Estatuto Real,
Muitos "Princípios" da História:
União, Paz, Bem Social.
Na "Oração" e "Hinos de Glória",
Intensifica o seu ideal.
Deve-se a Eduardo Dias Coelho
A sua idealização,
Dinâmico o seu Modelo:
Enlaça o mundo à Nação.

Leis, "Estatuto à Igualdade"
Une Povos aos Irmãos:
Sublimação-realidade,
Irmana corações e mãos.
A Língua-Matter, com certeza
Defende o culto e em Verdade:
Alma e Língua Portuguesa.

Sílvia de Lourdes Araújo Motta*
Elos Clube de Belo Horizonte

Nota: Poema/Acróstico premiado em 2003 - Vencedor do Primeiro Lugar no Concurso Literário, de âmbito internacional, lançado pela Vice-Presidência do Elos Internacional da Comunidade Lusíada, para a América do Sul

* in Elistas Escrevem III - Compêndio de Artes



quinta-feira, abril 29, 2010

Portugal, Torrão Querido

Portugal, minha pátria conquistada
À custa de homens fortes e valentes
Tu foste sempre heróica e libertada
Entre os cinco mais belos continentes!

Tu foste à beira-mar plantada
Tu vibras, amas, sofres, também sentes
Da história a página mais dourada,
Que por mar os legou bons combatentes!

Povo navegador, mais altaneiro ...
Que percorreu sem medo o mundo inteiro
Roteiros dos oceanos, imortal ...

Tens padrões, monumentos, castelos ...
A lembrar descobrimentos tão belos
Deste Povo que canta Portugal!

Maria José Fraqueza*
Directora de Cultura do Elos Clube de Faro
Governadora do Distrito Elista Sul
*in "Cantando o Mar" - Sonetos - Edição do Elos Clube de Faro 2005

Nota: O Livro "Cantando o Mar" ainda está disponível para venda, pedidos ao Elos Clube de Faro por correio electrónico: elosfaro@yahoo.com.br ou faro@elosclube.org



quarta-feira, abril 28, 2010

COMO FOI FEITA A HISTÓRIA DA LUSOFONIA

Abrindo as rotas dos mares
conquistado o Oriente
das Terras de África às Índias
ao voltar-se ao Ocidente
com suas naus e mareantes
ao descobrir ou encontrar
a Terra de Santa Cruz
o português tornou-se
a nova língua dos mares
de um Mapa-Múndi diverso
onde as naus portucalenses
dançavam ao som dos ventos
trazendo no topo dos mastros
das gáveas
de marinheiros valentes
o grito que abriu as águas
aos novos tempos distantes

- Terra à Vista
era a mensagem
que se fazia presente
e o mundo uniu-se num raro
e esplêndido momento
Portugal - o rei dos mares
sua língua
a dos descobrimentos
decantada por Camões
em seu clássico "Os Lusíadas"
na sagração do seu povo
que do mar foi turíbulo
A nova língua que trouxe
de Dom Dinis - o Trovador
o trovar nascido nas cortes
de França, Espanha e Galícia
de Afonso X as Cantigas
"Cantigas de Santa Maria"
e de poetas os dizeres
"Cantigas de Amor e de Amigo"

Da lírica de Camões
os sonetos de amor e de morte
de sua amada Dinamene
e de Pessoa os poemas
em quatro dos seus heterônimos
a demonstrar a riqueza
de palavras num glossário
precioso e dos mais raros
dentre as línguas do Universo

Hoje se contam às centenas
os descendentes do vate
que engrandecem a cultura
da grande comunidade
que une na literatura
os filhos
da Língua-mãe Portuguesa

Autor: Cely Vilhena*
Elos Clube de Belo Horizonte
in Elistas Escrevem III - Compêndio de Artes

Elos Clube de Belo Horizonte

Belo Horizonte, 15 de abril de 2010.


“Somos elistas e sentimos n´alma,
que cada membro é um irmão,
cantemos todos que a vida só é boa,
quando se tem amor no coração.



Prezado (a) Companheiro(a) Elista ,

É com este amor no coração que temos o prazer de convidar o (a) prezado (a) CE para o JANTAR DO PRÓXIMO DIA 29 DE Abril(quinta-feira), a ser realizado no restaurante do Hotel Guignard, sito à Rua Tomé de Souza 1075 - Savassi., quando receberemos a visita oficial da Presidente do Elos Internacional, CE Maria Inês Botelho.

A programação será a seguinte:

20h - Chegada dos elistas e convidados – confraternização.

20h30min – Início da parte formal do nosso encontro, com especial
ênfase à visita oficial da nossa Presidente Internacional
CE Maria Inês Botelho.

21h - Será servido o jantar.

22h30min - Palavras de encerramento da Presidente.

Pedimos sua especial atenção para o seguinte:

a)Preço do jantar: R$40,00(quarenta reais) por pessoa, incluindo água, refrigerantes, cerveja e sobremesa.
À entrada do restaurante haverá um CE encarregado de fazer a cobrança da referida quantia, bem como das mensalidades.

b)À semelhança dos nossos encontros anteriores na sala onde se realizará a nossa reunião/jantar, haverá um espaço para Exposições. Assim se o (a) CE tiver alguma habilidade artística (pintura, objeto de artesanato, etc.), poderá levar até 05 peças para que possam ser apreciadas pelos CE e convidados. Os interessados deverão entrar em contato com a CE Lúcia (34270608 ou 93818285), que está encarregada de coordenar a exposição.

c)É muito importante que o (a) CE confirme sua presença e de seus convidados à nossa reunião, até o dia 27 de abril, pelo tel. 34213327 com a CE Bete Salera.

d)Durante o jantar daremos posse a uma nova CE.

e)Você já pensou quem irá levar para ser um(a) novo(a) Companheiro Elista?

Contamos com a sua presença para com muito carinho receber a CE Maria Inês Botelho. Vamos prestigiar a nossa Presidente Internacional que precisa do apoio de todos os elistas para bem desempenhar suas funções, assim como precisamos de seu incentivo para levar em frente a bandeira do Elos.

Saudações Elistas,

Maria de Lourdes Ramalho
Presidente.

terça-feira, abril 27, 2010

Livro faz homenagem a Brasília 50 anos



26/04/2010 16h33
O Livro de Ouro Brasília 50 anos retrata personagens que trazem a cara da cidade

"Nós fizemos uma obra que resume 50 anos de história em um livro", comentam. Em meio às comemorações dos 50 anos de Brasília, uma obra se destaca. O “Livro de Ouro Brasília 50 Anos”, escrito pelas jornalistas, escritoras e pioneiras da capital, Nazareth Tunholi e Palmerinda Donato, será lançado no próximo dia 28, às 18h, no Salão Nobre do Congresso Nacional.

O livro traz registros da construção da cidade e de sua inauguração, sua face pitoresca e ecológica, o conjunto arquitetônico mais famoso do Brasil, as novas edificações, as pessoas que testemunharam o desabrochar de Brasília e as que têm escrito sua história ao longo destes 50 anos. A obra reúne, ainda, as mais expressivas manifestações de personalidades que têm participado da consolidação da Capital Federal, com o seu talento, competência e dedicação, com relatos curiosos sobre como, quando e porque vieram para esta cidade, erguida sobre o esboço de um avião imaginado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa.

A obra é uma importante coletânea das coisas de Brasília, especialmente para as pessoas que não conhecem a cidade, até para revelar a todos o verdadeiro perfil de nossa Capital. Parte da venda do livro será doada para a entidade “O Desafio Jovem de Brasília”, uma organização que cuida de jovens em situação de risco em Brasília.

Da Redação do Jornal Alô Brasília com informações da Assessoria

fonte: http://www.jornalalobrasilia.com.br/ultimas/?tipo=DIV&Desc=&IdNoticia=7627

Nota: A CE Maria Araújo Barros de Sá e Silva é uma das personalidades que participa neste livro.

sexta-feira, abril 23, 2010

Ser Poeta

Saudade, amor e fantasia
Letras transformadas em palavras,
Belas Poesias,
Emanam do Oceano da Língua,
O poeta faz a sua obra,
Da rocha, letra simples, rude, impoluta,
Esculpe palavras,
Que transforma em Diamantes,
Que resplandecem,
Em versos de amor, saudade e fantasias,
Mistura sublime,
De alegria ou tristeza,
Cor, luz ou penumbra.
Apaixonado pela sua obra,
Que o consome, devora,
No pensamento, versos que se repetem,
Em escrita compulsiva,
Derrama no papel,
A sua mensagem,
Para a eternidade,
Revelando a sua alma,
Esteta da Língua,
Que ama,
Viva o poeta !

Autor: José Luís Guedes de Campos
Menção Honrosa com 165 Pontos no I Concurso Casa-Museu Professora Maria José Fraqueza 2009
- Modalidade: Poesia Livre - Tema: Ser Poeta

quinta-feira, abril 22, 2010

Elos Clube de Praia Grande

Elos Clube de Praia Grande
Fundado em 09/08/1973
Filiado ao Elos Internacional da Comunidade Lusíada


“CONFRATERNIZAÇÃO COM CHURRASCO”

Festejemos com alegria mais uma confraternização, neste dia 25 de abril, com um gostoso churrasco em família, nossa família Elista.

CHURRASCO FAMILIAR
Dia - 25 de Abril de 2010, Domingo.
Horário – 12:00 horas.
Local – Casa do Roberto
Rua Vitório Morbim, 167 – Caiçara (Travessa da Kennedy alt. 14251)
- Carnes (bovina, suina e frango)Saladas, arroz, macarrão(penne) e bebidas.
Adesão de R$ 15,00.
(não deixe de comparecer e terminar tudo sem churrasco, sua presença é imprescindível). 
                   Contando com sua presença que é muito importante para todos, enviamos 


Nossas saudações Elistas
Roberto Celeste
Presidente

PROGRAMA F n M - VPIAS

PROGRAMA F n M

FERMENTO na MASSA

Vice- Presidência do Elos Internacional para a América do Sul
PROGRAMA F n M – FERMENTO na MASSA.


Praia Grande, 15 de abril de 2010

Prezados Companheiros
Diretor Internacional
Diretor Continental
Governador Distrital
Presidente de Clube
Líderes Elistas
Elistas
Elos Jovem
PROGRAMA DE AÇÃO ELISTA

Quem somos e quantos somos?
Solicitamos que a sua unidade envie para a Governadoria e para a Vice Presidência para América do Sul, com a máxima urgência, as seguintes informações:

1.Relação atualizada dos Companheiros Elistas da unidade, respectivo endereço, telefone e endereço eletrônico
2.Comunicação mensal de atividades da unidade elista
3.Relação / comprovante de depósito bancário dos recolhimentos realizados (dia / valor / mês referência)
Taxa Elista mensal R$ 6,00/CE, ou anual R$ 72,00/CE
Se por ventura tenha enviado, favor reenviar comprovantes de modo que possamos arquivá-los, conferindo com o extrato bancário.
4. Calendário de atividades de modo que possamos agendar visitas ao clube e distrito, prestigiando as atividades de sua unidade elista

Todos reunidos de modo fortalecer o Movimento Elista Internacional

“Cada elista é a fração de um Todo”

Saudações Elistas


Sidney Cardoso da França
Vice Presidente Internacional
Para América do Sul

quarta-feira, abril 21, 2010

MENSAGEM DE FÉ

Aprendi com meus pais,
que aprenderam com meus avós:
"Não há mal que não traga bem!"
Pensando assim,
vou em frente, tentando acertar.

Em tudo o que já fiz e tenciono fazer
é como se uma força estranha
dominasse todo o meu ser
e tomasse conta de mim,
empurrando-me pelos penhascos da vida,
fazendo-me subir e descer.

É como a força das águas,
batendo em rochedos,
arrebatando-se em mar de espumas,
voltando a ser água límpida e clara,
transformando-se em corredeiras,
escalando montanhas,
formando cachoeiras.

É como a força do vento que sopra veloz,
formando o ciclone, revoltando o mar,
ou tangendo a areia em busca do sol.

Sou impulsiva como um vulcão,
impetuosa como um tufão,
mas sei recuar
e desfraldar a bandeira branca da paz.
Não tenho meio termo: faço ou não faço.
Não sei fingir, mas sei chorar...

Quando choro,
minhas lágrimas de mulher frágil:
são lágrimas, explodindo em forma de palavras
que não podem ser ditas.

Não gosto de perder
mas não quero ganhar o que o outro perdeu.

Quero lutar,
quero vencer,
mas se perder...
"Não há mal que não traga bem!"

Já diziam os meus pais.

Maria Araújo Barros de Sá e Silva*
Elos Clube de Santos Célula Matter
Presidente do Elos Internacional da Comunidade Lusíada
Gestão
2003/2005

*in Elistas Escrevem III - Compêndio de Artes

Clube Português de San Jose High

Mensagem recebida do CE Jorge Rangel:

Jantar dos Finalistas do Clube Português
de San Jose High

O Clube Português de San Jose High promove o seu Décimo Terceiro Jantar Anual dos Finalistas com o fim de angariar fundos para bolsas de estudo que serão oferecidas a membros do clube que continuarão a sua educação a nível universitário. O jantar terá lugar no salão da Banda Portuguesa de São José (100 N. 27th St.), na sexta-feira, dia 14 de Maio, a partir das 6:30 horas da noite. O preço do jantar completo de "tri-tip" é $25 por pessoa ($14 para crianças até aos 12 anos). Até ao dia 1 de Maio, os bilhetes serão vendidos com $2 de desconto. Ao jantar seguir-se-á o reconhecimento dos finalistas, pequeno espectáculo que inclui folclore, uma rábula pelos alunos do programa de português da escola, uma charanga de alunos e antigos alunos do programa, e dança ao som de dj.

Para bilhetes, é favor contactar a presidente do clube, Bruna Ferreira (408) 821-9250. Não serão vendidos bilhetes à porta.

Para mais informação, contacte em San Jose High o professor José Luis da Silva pelo telefone (408) 535-6320 ou correio electrónico (jldasilva@comcast.net).

Venha ajudar o Clube Português de San Jose High, a única escola secundária na área da Baía de São Francisco que oferece um programa de português. Participe neste evento, apoie o ensino do português e promova a educação da nossa juventude!

terça-feira, abril 20, 2010

Poesia

Foste o tempo de chegar a tempo
Inspiração, maior riqueza minha
Motivo a razão meu passatempo
Fazendo esquecer a alma sozinha.

És companhia bela, a mais querida
Que Deus quis e me deu pela bondade,
O meu maior amor nesta outra vida
Com quem desabafo à vontade,

Porque longe meu sonho fantasia
Se perdeu no silêncio desta vida,
Numa miragem pura de ironia.

E és tu que me acalmas comovida
Neste meu viver quase agonia.
Quanto te honro, ó poesia querida !

Vitória Rodama*
in Antologia Poética 10º Aniv. Tertúlia Hélice

Membro do Elos Clube de Faro

segunda-feira, abril 19, 2010

PROGRAMA F n M

PROGRAMA F n M

FERMENTO na MASSA

Vice- Presidência do Elos Internacional para a América do Sul
PROGRAMA F n M – FERMENTO na MASSA.


AÇÃO ELISTA


15- maio - Lançamento do PROGRAMA FnM - FERMENTO NA MASSA, Convenção Distrital, Eleição e Posse do Governador Distrito-4 ( Maringá, Londrina, Mandaguari, Umuarama)

22- maio - Lançamento do PROGRAMA FnM - FERMENTO NA MASSA, Convenção Distrital, Eleição e Posse do Governador Distrito-8 ( Rio de Janeiro, Niterói, Teresópolis, Petrópolis)



TODOS reunidos de modo fortalecer cada vez mais o movimento elista internaconal.


Cordiais Saudações Elistas.


Praia Grande, 15 de abril de 2010



Sidney Cardoso da França
Vice Presidente Internacional para América do Sul

domingo, abril 18, 2010

35 ANOS DE LEGISLAÇÃO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA em www.legis-palog.org

Mensagem recebida do CE Jorge Rangel
==

35 ANOS DE LEGISLAÇÃO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA*

Os cinco Ministérios da Justiça dos PALOP criaram, com o apoio do 9º FED, uma
base de dados jurídica que disponibiliza toda a Legislação, Jurisprudência e
Doutrina produzida nos países, desde as independências até à actualidade.

Em www.legis-palop.org/bd obtêm-se os textos oficiais, a sua classificação jurídica e análise comparativa permitindo um conhecimento integral dos ordenamentos jurídicos e a sua análise comparativa,
facilitada por recurso a um Thesaurus jurídico com mais de 3200 descritores.

Este projecto que contou com a colaboração activa dos Tribunais Superiores,
Imprensas Nacionais, Ordens de Advogados e Universidades permite análises
sectoriais nos mais diversos domínios: Ambiente, Direitos Humanos e
Fundamentais, Educação, Saúde, etc.

Porque esta informação, permanentemente actualizada sob os auspícios do
IPAD, representa uma importante fonte de informação solicitamos a devida
divulgação e a subscrição pela V. instituição.

A equipa Legis-PALOP

legispalop@legis-palop.org

(+ 351) 218941107

quinta-feira, abril 15, 2010

ELOS CLUBE DE FARO - CONCURSO LITERÁRIO “Cantar Portugal em Prosa e Verso”

CONCURSO LITERÁRIO DO ELOS CLUBE DE FARO 2010

Tema: Cantar Portugal em Prosa e Verso

Prosseguindo os seus objectivos de divulgação da cultura e da língua portuguesa, o Elos Clube de Faro em colaboração com o Elos Internacional da Comunidade Lusíada, organiza o Concurso Literário “Cantar Portugal em Prosa e Verso“. As celebrações do Dia de Portugal, serão efectuadas este ano na cidade de Faro e o Elos Clube de Faro, associa-se desta forma à celebração do dia que une todos os Portugueses, procurando exaltar a Língua e a Cultura Portuguesa, que constituem o nosso património e legado à Humanidade.

1. Objectivo:
O presente Concurso tem como objectivo estimular e incentivar a criação literária em língua portuguesa.

2. Condições de admissão ao Concurso:

2.1.Dos concorrentes:

 GRUPO I - até aos 21 anos;
 GRUPO II – maiores de 21 anos de idade.

Modalidades: Prosa, Poesia Moderna e Poesia Clássica

2.2. Dos trabalhos:
Trabalho individual e inédito subordinado ao tema proposto , de acordo com o escalão etário apresentado, com um mínimo de 1 (uma) página e um máximo de 3 (três) em Prosa. Máximo de 30 linhas em poesia.
Os textos deverão ser apresentados dactilografados com letra formato “Times New Roman”, tamanho 12, espaçamento da linha 1,5 .
Os textos deverão ser apresentados em papel A4, em triplicado, apenas num dos lados.
Cada trabalho deverá ser enquadrado de acordo com a idade do concorrente, a modalidade e o título será o do tema proposto – “Cantar Portugal em Prosa e Verso”
Os concorrentes só poderão concorrer com apenas um trabalho em cada uma das modalidades.


Identificação do trabalho:
O concorrente deverá identificar o trabalho com pseudónimo. Deve enviar o trabalho acompanhado de um envelope com pseudónimo, modalidade e escalão etário, contendo as seguintes indicações:

 nome
 morada
 telefone
 endereço de correio electrónico

4. Prazo e local de entrega:

Os trabalhos deverão ser enviados para:

ELOS CLUBE DE FARO
CONCURSO LITERÁRIO “Cantar Portugal em Prosa e Verso”
APARTADO 297
8001-903 FARO CODEX

Até ao dia 15 de Maio de 2010 (carimbo dos correios).

5. Composição do Júri:

Os trabalhos serão apreciados por um júri formado por 3 (três) elementos de reconhecida competência que analisará os trabalhos em função dos seguintes critérios:

a) correcção da expressão;
b) originalidade;
c) boa organização das ideias e estruturação do texto.

6. Deliberação do Júri:
Os pareceres do júri serão secretos e as suas decisões irrecorríveis.

7. Prémios:

Por cada grupo serão atribuídos 3 (três) prémios e as menções honrosas que o júri julgar
merecidas.

8. Entrega dos prémios:

A entrega dos prémios far-se-à em 9 de Junho de 2010, em sessão solene de cuja data e local será dado conhecimento prévio aos concorrentes premiados e divulgado no Portal da Lusofonia http://portaldalusofonia.blogspot.com

9. Disposições Gerais:
- Os trabalhos enviados não serão devolvidos.
- Serão eliminados os trabalhos que não respeitem as cláusulas do presente regulamento.
- O Elos Clube de Faro reserva-se o direito de poder vir a publicar ou editar os trabalhos a concurso.
A Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro
Dina Lapa de de Campos

quarta-feira, abril 14, 2010

ALMA PORTUGUESA - Soneto por Maria José Fraqueza

Ser Poeta é ter na alma a maresia
Soltar as altas ondas, uma a uma
E nesse mar que sempre se avoluma
Trazer no coração a poesia!

Sentir dentro do peito a melodia...
Das algas rendilhadas de espuma,
E quão docemente nos perfuma
Os poemas que se soltam por magia!

Ser Poeta é partir e regressar...
É conduzir a barca a navegar
É transportar o sonho além fronteira!

Ser Poeta é ter um ar em caudal
É ter um coração, ser Portugal!
E para sempre AMAR, sua BANDEIRA!


Maria José Fraqueza*
* in Colectânea de Trabalhos Premiados do Concuros Casa Museu Maria José Fraqueza
Membro do Elos Clube de Faro - Directora de Cultura
Governadora do Distrito Elista Sul ou nº 28

Outorga da Comenda "Heber Soares Vargas"


Prezado(a) companheiro(a):
Envio documento da Governadora do
DE-4, CE Martha Francisca Scripes,
comunicando sobre a outorga da
Comenda "Heber Soares Vargas" a esta
Presidência, a ocorrer no dia 14 do
presente mês, na cidade de
Londrina(PR-BR), as 20h, no Hotel
Bourbon.
Saudações elistas.
CE Maria Inês Botelho-PRESINT

terça-feira, abril 13, 2010

Terra Amada por Martha Scripes



Amo minha terra
que encerra
o supra-sumo do bem.
Nela tudo começa
e termina como convém.

Amo essa terra antiga
que germina o trigo
sublima o grão
e oferta o vinho
em Santo Graal.

E porque dela
a Mão Bendita fez-me Adão
sobre ela se inclina contrita
minha emoção.

Amo esse chão divino,
pela harmonia circundante,
pelo colo uterino
que me fez viajante
e pela magia da vida
que me fará cristal...





Martha Francisca Scripes*
Elos Clube Londrina
in Elistas Escrevem III

segunda-feira, abril 12, 2010

Sagres por Nina Tubino




Portugal, porta florida
Da Europa ancestral.
Portugal, esquina bravia
Onde o Continente se dobra
Aos caprichos do mar.
Onde o vento assobia
Cantigas do mar.

Tens a esquina famosa
E nela plantaste o destino do mundo.
Nela, um homem ousou sonhar
E levantar velas brancas
Rumo ao mar.

Daquele promontório,
De olhos fitos no horizonte,
O gênio das navegações
Vislumbrou um mundo novo
E sonhou, e lutou.
Lutou contra gentios,
Lutou contra os ventos,
Lutou contra as águas
E venceu !

Deus foi chamado
E se fez presente
E de presente lhe deu
Toda a coragem,
Toda a verdade,
Toda a glória.

O homem que ousou sonhar
E realizou o feiro lusitano
Vestia um burel de frade,
Tinha a cruz no coração
E no olhar a firme determinação:
Vencer o mar, ver crescer Portugal.



Nina Tubino*
*in “O INFANTE E A SAGA PORTUGUESA – Homenagem
ao Gênio dos Descobrimentos”
Membro do Elos Clube de Brasília

Para conhecimento e divulgação

Para conhecimento e divulgação. Assim vamos nos interagindo
e fortalecendo.
Saudações elistas
CE Maria Inês Botelho -PRESINT



----- Mensagem encaminhada ----
De: Martha Francisca Scripes

Enviadas: Segunda-feira, 12 de Abril de 2010 13:27:43
Assunto: Avisos sobre Convenção Distrital

Prezadas CE: Presidente Maria Aparecida Wrobel;
                       Vice- Presidente Nina Cardoso
                       Secretária Leozita Vieira
                       Promotora de Eventos - Adélia Buranelli
                       Maximo Donoso -Presidente do Conselho do Elos Internacional.
                       Maria Inês Botelho - Presidente Elos Internacional
 
A respeito da mensagem abaixo, enviada aos CE,  ontem, peço a gentileza de acrescentar
mais este aviso, na pauta da Reunião do dia 14.

"Na Abertura da Convenção Distrital (15/maio/10) em Maringá, será entregue
a Comenda "Heber Soares Vargas"ao Deputado Federal - Luiz Carlos Jorge Hauly -
autor da Lei 5566 que institui 08-08 "O Dia do Elos Internacional da Comunidade Lusíada. "


*********************************************************************************************


Governadoria do Distrito Elista - 4
                            
                                                         
Cambé, 11 de abril de 2010

DE                 Martha F. Scripes
PARA           Às CEs Presidente - Maria Aparecida Wrobel,
                       Vice-Pres/ Nina Cardoso
                       e Secretária - Leozita B Vieira
ASSUNTO   Diversos 
Of/ nº 08/10
A) Para ser lido na Reunião Festiva, dia 14 próximo:
    Recebemos da Governadora do DE -4 - Martha Scripes:

1) Convocação para a Convenção do DE -4 arealizar-se em 15 de maio de 2010, (sábado)
    no Colégio Anglo-Drummond, (Rua Basílio Saltchuk, nº 357 fone (44) 3227-5000).

Será anfitrião desta Convenção o Pres/ do Elos Clube de Maringá, CE Edson Ribeiro Scabora,
Proprietário do referido Colégio. Início 8,30 horas com as presenças:

Maria Inês Botelho -Pres/Elos Intern/da Comunidade Lusíada;
do Vice-Pres/Elos Intern/ para a América do Sul, CE Sidney Cardoso da França;
da Governadora do DE -4 - CE Martha Scripes,
e  presidentes dos Elos Clubes de Londrina, Maringá, Mandaguari e Umuarama,
além de membros elistas em caravanas, com autoridades e visitantes.

Nesta Convenção teremos o programa Fermento na Massa - com o CE Sidney Cardoso da França do Elos de Prais Grande, SP  nosso Vice - Presid/ p/ América Sul
e eleição de novo Governador(a) do Distrito Elista 4.

(Distribuir convites).
Esperamos contar com a presença de todos.
Vamos providenciar um micro ônibus que partirá deste Hotel para o evento em Maringá.

2) Comemorou seus  25 anos de fundação  o Elos Clube de Tavira-Portugal.

3) Lançou, dia 10 passado,  seu livro " Voz Perdida " a CE Isa Mestre,  do Elos Jovem de Faro, Portugal . É o Elos Jovem, enriquecendo o cenário Cultural do Elismo global.

Saudações Elistas,
Martha F. Scripes

sábado, abril 10, 2010

Hino é a definição pela música do carácter de um povo

Não sei de onde chego nem para onde vou. Sou a partitura perdida, o papel abandonado, o sorriso desenhado repetidamente sem nunca se encontrar na folha de papel.
Subitamente as minhas mãos que se agitam, os meus dedos a mover-se como se diante de mim ainda estivesse o piano onde tocámos tanta vida e construímos tantos sonhos.
Sabes... só hoje entendi que nunca soube tocar piano. Que as minhas mãos não foram mais que instintos do coração, movimentos da alma, sorrisos de dentro do mais profundo de mim.
Eu não sabia tocar piano, eu sabia tocar profundamente nesse coração gelado pelo tempo, plena mágoa e pela dor.
Hoje, sento-me sozinha ao piano e as mãos são analfabetas nessas teclas cansadas do meu olhar ingénuo e perdido.
Mas, os sons da nossa pátria, esses continuam bem patentes dentro de mim, como ecos eruditos na escuridão da noite, como pedaços daquilo que somos e do que espalhámos pelo mundo fora.
Afinal onde estão as partituras da nossa pátria, o amor da nossa nação, a coragem de todos aqueles que desbravaram o mundo com vontade de trazê-lo na palma da mão ? Onde ?
Perdidas pela casa onde já não existo, onde os meus passos se perdem na tristeza de viver sem ti? Onde ?
Escondidas por detrás desses muros altos a que chamamos esquecimento? Para além dessa fronteira de estradas e caminhos que nunca percorri?
Oxalá pudesse ir buscá-las, reaprender a tocar essa melodia tantas vezes repetida no silêncio inócuo dos nossos dias.
Mas não posso. Tu sabes que não posso.
Porque ainda gritas lá longe,
- Fica.
Eu fico, não te preocupes, eu fico com a tristeza semeada no lugar do amor, com lago que bate mas não é coração, com algo que sente e não é alma.
E a tua voz lá no fundo, a tua voz a contar-me histórias do tempo em que os meninos corriam descalços pelas ruas e tinham as mãos calejadas pelo trabalho.
A tua voz que cantava todos os feitos com o sorriso de quem conheceu o mundo pelas próprias mãos, de quem alimentou os sonhos dos famintos e dormiu na dura cama do desespero.
Mas tu venceste, levaste na voz a música do teu povo, a alegria de cantar a glória sem pedir nada em troca. Porque, afinal,eras exactamente como a partitura dessa música que cantavas: leve, simples e audaz.
Hoje, a minha caligrafia é o traço da saudade que me atravessa o peito, o sorriso maroto que me foge por entre os lábios.
E tu continuarás aqui. Os teus ossos em cada letra, as tuas expressões em cada frase, os teus gestos em cada parágrafo roubado ao tempo.
Cantaria, se a voz não me falhasse, se a saudade não me entorpecesse todas as partes do corpo, impedindo-me de ser mais mais do que aquilo que sou.
Não te preocupes, não te deixarei morrer dentro de nós, não permitirei que as tuas palavras se percam e os nossos feitos caiam em esquecimento, tal como folhas de árvores num Outono cruel.
Por isso te recordo, porque por vezes precisamos de escavar nas memórias dolorosas, como se isso sarasse as feridas que temos no peito, como se isso nos fizesse esquecer por momentos quem somos e o que esperam de nós. Na verdade, é natural preferir ficar ferido a ter que matar.
No silêncio da minha casa, apenas habita essa melodia que trouxeste no peito e semeaste em cada parte de mim.
Sabes... ainda sou a combatente em busca de redenção, à procura do sonho que tarda em chegar, em busca das horas que me fogem vagabundas por entre aos dedos das mãos.
A minha memória ainda é essa caravela de ambições comandada audazmente pelo trilho do desconhecido. É nela que me perco, é nela que morro e volto a nascer, é nela que caio e em ergo, é nela que sou e que sinto.
Porque tenho dentro de mim todos os sonhos do mundo, todas as melodias cantadas em tempos de glória, todas as partituras esquecidas em terras viciosas e todo o orgulho da bandeira que honrámos pouco a pouco.
Escreventes hoje, sonhadores de amanhã, é isto que somos, pequenas recordações de nós mesmos e de todos aqueles que nos constituem.
Por isso canto a nossa história, emanando de todas as partes do corpo essa luz que me travessa, esses sons que me tocam, esses traços breves do carácter deste nosso povo lusitano.
Afinal, tu bem sabes, que quando se sabe viver, sabe-se morrer.


Isa Mestre

1º Prémio - Concurso Literário Do Elos Clube de Faro - Jovens Autores 2007

O FADO DA SEVERA

Por fim, a noite caíra, pondo termo a um pesado dia de estio, naquele quente Agosto de 1835.
Para a grande maioria dos assalariados, chegara a hora do merecido descanso diário.
Depois do jantar, poucos eram os que permaneciam nas suas quentes casas, que libertavam, agora, o calor acumulado ao longo do sufocante dia.
Muitos optavam por passear, aproveitando a fresquidão da noite. Outros agrupavam-se pelas tascas e cafés, fazendo-os fervilhar de vida. Por vezes, a polícia tinha de intervir, para manter a ordem, pois havia sempre alguns ânimos mais exaltados que, rapidamente, criavam e faziam alastrar a confusão e a desordem.
Na “Tasca da ti’Júlia”, os clientes amontoavam-se no pequeno estabelecimento, junto ao balcão e em volta de pequenas mesas, esquecidos do calor e do odor acidificado que ali se fazia sentir. Entre pevides, amendoins, bifanas, copos de vinho e canecas de cerveja, o tempo ia avançando. Soaram as nove badaladas, no sino da igreja. O ruído das vozes, que se elevava naquele local, foi subitamente interrompido pela voz possante do Chico, o dono do estabelecimento.
- Senhores e senhoras, a vossa atenção. – O olhar de águia do Chico percorreu a assistência, enquanto apagava a beata do cigarro, que fumara, num improvisado cinzeiro. – Vamos, de seguida, passar a ouvir a voz de ouro da Mouraria, aqui na “Tasca da ti’Júlia”, a voz exuberante de Maria Severa. Portanto, peço-vos silêncio, que se vai cantar o fado!
Uma salva de palmas e um burburinho percorreram a assistência, em reacção à declaração do Chico “pançudo”. Todas as atenções se voltaram para o pequeno palco improvisado, situado do lado direito do balcão. Aí, sentado numa cadeira, tangendo uma guitarra portuguesa, estava o acompanhante da fadista. Esta, estava de pé, olhando a assistência. Não fez qualquer discurso introdutório. Baixou a cabeça e tornou a levantá-la, num mudo e rápido cumprimento aos seus admiradores. Fez um aceno ao guitarrista. Os acordes, que inicialmente soavam de forma solta e espaçada, saltaram subitamente da guitarra, fluindo num imenso caudal, transformados numa melodia inebriante, tocada pelas habilidosas mãos do guitarrista.
Maria Severa começou a cantar.
A sua voz penetrou no âmago dos ouvintes. A letra falava sobre a vida, sobre a morte, sobre o amor. A voz da fadista e o gemer da guitarra enchiam completamente os
poucos espaços livres da sala e tornavam aquele local ainda mais acanhado. A comoção reinava naquele ambiente.
Uma salva de palmas acolheu o fim da canção. Foram feitos emocionados pedidos para a fadista bisar. Esta não os desiludiu. Cantou mais uma canção e mais outra ainda. Um gigantesco maremoto, todo feito de palmas e ovações, inundou a tasca, enquanto a fadista se retirava, agradecendo os elogios assim recebidos.
Voltou, passado um curto espaço de tempo, após se ter ido refrescar. Não se dirigiu para o palco, mas para o balcão.
- Chico, - pediu - a minha bebida, por favor.
- Aqui a tens, Maria Severa. – Respondeu o barrigudo dono da tasca, passando-lhe um copo de vinho branco.
Depois de ter bebido o conteúdo do copo em três pequenos tragos, Severa sentou-se, com alguns amigos, numa das mesas. Sempre bem-disposta, riu e divertiu-se com o grupo, recebendo sempre muito bem todos quantos lhe vinham apresentar os cumprimentos e felicitações pela actuação.
Um jornalista, de um conhecido diário da capital, que tinha ali jantado e assistido ao espectáculo, aproximou-se dela.
- Boa noite, menina. – Cumprimentou, apresentando-se de seguida: – Sou jornalista e gostaria de a entrevistar.
Maria Severa assentiu com a cabeça. Um simpático sorriso bailava-lhe nos carnudos lábios, fazendo-a ainda mais bela.
- Diga-me, canta há muito tempo?
- Só desde há um mês e, só aqui, na “Tasca da ti’Júlia”.
- Pretende fazer carreira?
- Se Deus quiser, pretendo…
- Sei que teve uma infância e juventude difícil, mas vendo-a a cantar assim e tão bem disposta… O que pode dizer aos nossos leitores sobre isso?
- Sabe? – Disse, respondendo ao jornalista – eu canto o fado. O fado é dor, é saudade, é amor. É a vida e a amizade…
- Claro – retorquiu o jornalista – e a sua voz é excelente. Mas, quando você canta, a sua voz toca na alma de cada indivíduo que aqui a ouve!... Qual é o seu segredo?
- Olhe… - replicou, tentando explicar da melhor forma – a música é importante e a voz de quem canta, também. Mas, são as palavras ditas na nossa magnífica língua que fazem toda a diferença.
- Diz-me que se o fado for cantado noutra língua, não produz o toque mágico na alma de quem escuta?
- Exactamente. A nossa língua foi enaltecida por Camões e outros grandes poetas. Foi levada a outros povos pelos descobrimentos e pelos nossos emigrantes. É um elo de ligação de povos e culturas. Muitos a falam e cantam. Pois, esta língua tem magia nas palavras: tem entoações, expressões, sonoridades que noutras línguas não existem.
- Compreendo. Mas, como falou em emigrantes, diga-me: está a pensar ir cantar para o estrangeiro?
Severa abanou negativamente a cabeça, enquanto acrescentava:
- Não. A minha vida é aqui na Mouraria, em Lisboa. Mas, fixe o que lhe digo: depois de mim, existirão fadistas que hão-de levar a língua Portuguesa a outros povos e nações. E, serão aplaudidos, de pé, por multidões, que apesar de não compreenderem esta língua, se sentirão tocadas pela magia, pelo poder das palavras.
- Obrigado pelas suas respostas a esta entrevista – agradeceu o jornalista, dando por terminado o seu trabalho. Questionou: - quer acrescentar mais alguma coisa?
- Quero! Dê-me um segundo… – disse para o jornalista. Levantou-se e gritou para o seu guitarrista: - Ó Hermínio, chega aqui e trás o instrumento!
Hermínio aproximou-se e olhou-a interrogativamente.
- Acompanha-me, com uns acordes! – Disse Severa, colocando a sua perna esquerda dobrada e apoiada sobre a trave da cadeira de Hermínio, com a comprida e rodada saia caindo sobre ela.
Fez-se silêncio na ruidosa sala.
Severa começou a cantar, de improviso:
- Tristezas não pagam dívidas, nem dão paz ao coração / Para me alegrar, canto o fado com comoção. / Quando a voz da Severa, o fado começa a cantar, / há já muito que a alma da Severa está a trinar. / Quando a voz da Severa faz vibrar o salão / já há muito que o fado faz vibrar o seu coração!/ És filha de Portugal / E Mãe de muitas Nações / És a Língua Universal / Que é cantada por milhões.”


3º Prémio – Modalidade Prosa - Concurso do Elos Internacional 50º Aniversário do Elismo
Autor: João Manuel da Silva Rogaciano – Alverca

quarta-feira, abril 07, 2010

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "VOZ PERDIDA" DE ISA MESTRE

O Elos Clube de Faro tem o prazer de convidar V. Exa. para a apresentação do livro "VOZ PERDIDA" de Isa Mestre, no próximo dia 10 de Abril (sábado), pelas 16,00 horas,
na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa - Faro.

Apresentação da Obra e da Autora:

"Voz Perdida", com a chancela do Sítio do Livro, é um conjunto de micro-narrativas em que os olhares, as paixões, os gestos e os medos se entrecruzam num verdadeiro jogo de emoções.
Constituído por 32 contos, este livro é uma viagem solitária pelos labirintos da alma de quem se procura todos os dias, de quem se perde e se encontra, de quem sorri e chora. De quem também se olha por dentro.

A autora, Isa Mestre, nasceu em Junho de 1989, em Almodôvar. Foi vencedora, por duas vezes, do Concurso Literário Elos Clube de Faro - Jovens Autores, em 2006 e 2007, Prémio Jovem Revelação nos Jogos Florais Internacionais da Fuseta nos anos de 2006 e 2007 e arrecadou o 2º lugar no Concurso Sophia de Mello Breyner Andresen e é membro do Elos Jovem do Elos Clube de Faro.

Cientes do enorme valor literário desta jovem autora, o Elos Clube de Faro apoia a jovem companheira na divulgação e apresentação do livro e pede aos companheiros e público em geral que participem e divulguem.

Esperando poder contar com a Vossa presença, apresentamos as cordiais
Saudações Elistas

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro


Mensagem da CE Maria Inês Botelho-PRESINT

Para o (a) companheiro(a) tomar conhecimento do presente
Convite de aniversário-25 anos de fundação e poder, com o
Presidente CE Salles Fonseca e os demais membros, dividir
a alegria desse momento e comemorar as conquistas
obtidas, em prol do Elismo, nesse interregno de tempo.
Saudações elistas.
CE Maria Inês Botelho-PRESINT


----- Mensagem encaminhada ----
De: "elosclubedetavira@sapo.pt"
Enviadas: Terça-feira, 6 de Abril de 2010 19:09:32
Assunto: Elos Clube de Tavira - 25º aniversário


http://elosclubetavira.blogs.sapo.pt/16137.html

terça-feira, abril 06, 2010

Mensagem proferida na Academia de Letras de Maringá(PR-BR), em 4 de abril de 2010, pela Presidente do Elos Internacional da Comunidade Lusíada

Elismo: Movimento que congrega valores humanos e realça a construção plena do ser em sociedade.

O Elista é um ser privilegiado. Estar inserido em uma instituição que defende a ética, a moral, a paz, a congregação dos homens, a liberdade, a fé inquebrantável no ser humano, o sentimento de companheirismo, a justiça social, a existência da família como célula importantíssima à sociedade e a crença em um Deus-Amor faz com que se desenvolva como ser humano e lhe propicia alcançar a cidadania plena.
O aprimoramento do pensar e agir próprios do sujeito, envolvendo elos da corrente, favorece o existir do Humanismo Lusíada e embasa o hoje que está, cada vez mais, a exigir ações harmônicas de instituições estabelecidas legalmente para contribuir com o Poder Público. Visa, esta ação, o estabelecer pontes para o alcance de efetivação de políticas públicas com maior intensidade, proporcionando melhorias e avanços à vida em sociedade.
Afinal, “abrir a janela para o mundo é viver e não vegetar.”(1)
Por isso sonhar, ousar, realizar e sedimentar são etapas do enraizamento do ideário elista nas comunidades, que estão sempre em busca da face da verdade.
Thiago de Mello, na obra “Estatutos do Homem”, Art. 1 expressa, com imensa profundidade, o espírito elista: “Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida e que de mãos dadas trabalharemos todos pela vida verdadeira.”(1)
Assim cada elista traz, dentro de si, a compreensão profunda do que seja a verdade e a necessidade de fazê-la valer em todas as ações que praticar.
Há que se ressaltar, neste momento, o que Geraldo Vandré desenhou, gráfica e musicalmente, e que o Elismo tomou para si: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Apresentando mais de cinqüenta anos de atividade e se fazendo presente em diversos locais deste Planeta Terra, mister se faz divulgar que os elistas são semeadores de cultura e estão na “defesa das diversidades culturais dos países lusófonos e de suas comunidades, da preservação da língua portuguesa, da aplicabilidade dos preceitos do Humanismo Lusíada, do fomento de intercâmbios dos povos e comunidades de língua portuguesa e da promoção da boa compreensão entre os povos do mundo”. (2)
A diversidade que abrange a lusofonia enriquece o Elismo e lhe favorece o alçar voos, muitas vezes inusitados.
É preciso dimensionar, pois, áreas em que os elistas, seres dotados de enorme sensibilidade, atuam, colorindo a vida e dando a ela amplos sentidos nas letras, nas artes, na música , na dramaturgia...
Com o coração aberto para valorizar sentimento que transcende o território geográfico e alcança o da alma, o elista favorece o aprofundar e o expandir a corrente do Humanismo Lusíada. Ao proferir a Oração Elista prega construir, no cotidiano, aprendizado de forma consistente e planejada, operando modificações positivas de vida ao seu redor, com probabilidades de tecerem novos paradigmas.
Portanto, é preciso enxergar este Universo com olhos de elista. Batalhar pela manutenção de valores imprescindíveis à vivência coletiva – o Bem Comum. É salutar ressaltar que o elista é um ser carregado de vontade, de iniciativa, de coragem, de ousadia, de fé e está talhado para favorecer o alcance de degraus, que levarão à conquista de um mundo onde não haja desavenças ou guerras.
Assim, o elista adiciona forcas à sua ação e consegue atrair olhares para si e para a Unidade Elista a qual pertence. O respeito e a admiração da comunidade pelo trabalho desenvolvido garante o surgimento de novos espaços que, aos poucos, vão tomando novas e importantes dimensões.
A conscientização, cada vez mais presente, deixa transparecer que o “elista é, precisa e deve ser, a expressão dinâmica de uma forca atuante em todas as comunidades, despertando-lhes o interesse e a prática das tradições humanísticas e culturais lusíadas.” (3)
A promoção de Reuniões de Convívio, de Assembleias, de Convenções Distritais, Continentais e Internacionais, de divulgação e expansão do Elismo, da defesa e preservação da língua portuguesa, da defesa do patrimônio histórico, de lançamento de livros de autores elistas e não elistas, de concursos de Trovas e Poesias, de concursos de Redação e Monografias, de publicações em jornais, revistas e boletins, de exposições de Artes Plásticas e Artesanato , de Circuito Regional de pintura em Tela, de Noites Lítero-Musical, de pecas teatrais com integrantes elistas e não elistas, dão toques de atuação esmerada e integrada à vida em comunidade, perpassada nos diversos segmentos da Sociedade Civil Organizada, que trazem apoio como parceiros.
Ainda se registram realizações de palestras em Reuniões de Convívio, em Instituições de Ensino de diversos níveis e modalidades, bem como em inúmeras entidades que compõem a Sociedade Civil Organizada, tal qual a Academia de Letras de Maringá (PR-BR). Há, também, relevância em homenagear pessoas e instituições que se destacam no desenvolver de projetos culturais e aos que se tornam parceiros de Autoridades Elistas e de Unidades Elistas.
O registro de ações encetadas e estabelecidas na Linha do Tempo é vasto, riquíssimo e favorável à sua continuidade temporal. Há que se incentivar o elista a manter acesas as suas luzes e a resistir aos obstáculos que se interpõem, para fazer valer a experiência e a conduta reta em todos os atos de sua vida.
Portanto:
“Acendamos nossas luzes
na sinfonia da vida
em cânticos alegres
tornando-nos focos luzentes
da transcendência da cruz
espargindo ao mundo
um refrigério de Amor e Bondade
como acólicos
da magnitude divina.”(4)
Assim se terá avançado para alcançar o planejado:
Abrir o leque da inteligência;
Acreditar na vida e nunca desistir dela;
Não ter receio de andar por caminhos desconhecidos;
Retomar ações tantas vezes quantas forem necessárias;
Ampliar a difusão dos Princípios Elistas.
Fortalecer a Marca Elos Internacional da Comunidade Lusíada
Respeitando-se o Elismo em sua essência buscou-se, em versos da poetisa Cecília Meireles, ter um retrato fiel ao seu significado para a sociedade, de forma geral:
Sê a árvore que floresce
Que frutifica
(...)
Multiplica os teus olhos para verem mais
Multiplica os teus braços para semeares tudo
Cria outros, para as visões novas.
(...)
Fica claro, pois, que o elista deve contribuir com a sua parcela, “por mais modesta que seja”, na construção de uma vida, em comunidade, com mais harmonia e justiça social. Há que sempre existir ambiente estabelecido para a manutenção da esperança, alavanca imprescindível para toda ação elista. É legítimo apresentar que “o legado maior do elismo é a luta pela preservação e valorização da Nação, como conceito e síntese dos mais nobres e grandiosos ideais de integração dos povos em torno de sentimentos comuns.”(5)
É fundamental, neste momento, trazer à baila a figura proeminente de Eduardo Dias Coelho e de seus doze companheiros de jornada inicial, em 8 de agosto de 1959, em um local designado Prainha, em São Vicente(SP-BR), defronte da enseada onde ancoraram as caravelas de Martin Afonso de Souza, a fim de clarificar a visão de vanguarda que detinham sobre a importância da língua portuguesa ser preservada e expandida, e o ponto de união das culturas de países com vivência humanística se tornar realidade. Este ato concreto se deu em 17 de julho de 1996, quando se constituiu, em caráter oficial, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa- a CPLP que hoje, fortalecida, já realiza, dentre os seus Planos, Conferências Internacionais com a chancela dos países envolvidos em busca de maiores definições comuns, trazendo, para a apresentação de suas proposições, debate e retirada de encaminhamentos comuns, a Sociedade Civil que aceitou se engajar em seus objetivos e projetos. O caminhar conjunto encorpou conquistas da CPLP e as suas propostas passam por encaminhamento de ajustes governamentais dos países que a compõem- Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Porto Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste. Soma, hoje, mais de duzentos e quarenta milhões de falantes em quatro Continentes. Além dos países acima mencionados, tem-se “os arquipélagos atlânticos de Madeira e dos Açores, o território de Macau ao sul da China, o Portuguese Settlement, na Península Malaca com o Papiá cristão, alguns segmentos de goanos e mais de três milhões de imigrantes portugueses espalhados por diversos países de acolhimento.” (6)
Registro, para reforçar o exposto acima, a Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial5, realizada em Brasília(DF-BR), no Palácio do Itamaraty, de 25 a 27 de marco deste ano em curso, cujo objeto maior foi o aprofundamento da integração de Governos de Estado e Sociedade Civil no encaminhamento de soluções que envolvem a língua portuguesa, inclusive a adoção do idioma português pela ONU. Ressalto que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal convidaram o Elos Internacional da Comunidade Lusíada para participar e, inclusive, indicar participantes para o presente evento, pois que é uma instituição que defende a língua portuguesa, a língua de Camões, de Olavo Bilac, de Castro Alves, de Fernando Pessoa, de Machado de Assis, de Eça de Queiroz, de Gonçalves Dias, de Jorge Amado, de Carlos Drumonnd de Andrade, e tantos outros.
O viver esses e outros momentos de partilha apresentou e continua a apresentar a semeadura do conhecimento, do amor, da paz, da bondade, da fraternidade, da liberdade de ação com ética, pois é visível o encantamento que o Elismo produz. Compara-se à leitura de “um bom livro, viajar pelas suas páginas, libertar a criatividade, ouvir uma boa música, penetrar nos traços de uma pintura, de uma arquitetura. Navegar pelas águas da emoção.”(7) Para o elista o sol é que tem que ser a meta, não a escuridão, pois, a” vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada.” (8)
Após todas essas interferências sobre a extensão que o Elismo alcança, tem-se que a cultura tem prevalência como fonte perene de conhecimento, de metamorfose, do alcançar sonhos elencados como individuais e coletivos.
Assim percebe-se que a esperança deixou de estar à janela e tomou conta de todo espaço temporal existente à vista. A visão multicultural instalada aumentou o diâmetro da circunferência. E o Tempo, “Senhor da Razão”, cristalizou, positivamente, o caminho até então percorrido.
Ficou muito evidente que é preciso superar a rotina, sair da “platéia e dirigir o script da vida”(9); adotar o ressaltado por Fernando Pessoa: “Há um tempo que é preciso abandonar as nossas roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
E, na abertura de novas sendas o Elismo, já Cinquentenário, toma posição ímpar: faz do homem não dono de seu solo, mas, sim, elemento que integra o universo para contribuir, sobremaneira com a paz universal.
Mário Quintana nos encaminha para a perfeita compreensão do conceito VIVER no ELISMO: “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você”.
Desta feita, o conscientizar-se de que a mensagem cultural lusíada/lusófona se engrandeceu e frutificou quando se constata a participação de povos de todas as nacionalidades, línguas, usos e costumes, dentro do mesmo contexto humanístico e ecumênico elista, há que se dar realce a extensão de afirmativa utilizada pelo educador Paulo Freire:
“Caminhante, não há caminho. Se faz caminho no andar.”
Dentro da análise apresentada tem-se que o Elismo está posto para “resgatar e divulgar a memória cultural do nosso povo, trabalhar para consolidar nossa identidade social; congregar os valores éticos e morais para colocar, em movimento, a corrente da prática das tradições humanísticas e culturais lusíadas; e, por último, ocupar nossos lugares na construção de um mundo melhor de fé, esperança , tolerância, compreensão, paz, e, sobretudo, de amor, síntese das emoções mais puras cristãs.” (10)
Fecha-se, assim o círculo na formação do cidadão pleno, mola mestra de uma sociedade que se constrói sob a égide do amor, da fraternidade, da justiça social, da ética, da valoração da língua como patrimônio comum e fator de projeção de suas potencialidades no e para o mundo.

Tem-se, pois, que “Nenhum interesse é tão permanente quanto sobreviver com respeito por si mesmo e dar um sentido de destino à própria história”. (11)
Vivamos intensamente o Elismo e as raízes dos Princípios do Humanismo Lusíada. Com certeza, serão eles cravados na mente, alma e coração de todos os povos.
Maria Inês Botelho
Presidente do Elos Internacional da Comunidade Lusíada

Maringá (PR-BR), 4 de abril de 2010
*Mensagem proferida na Academia de Letras de Maringá(PR-BR)



(1) Cesar, Climeny in Elistas Escrevem III – Compêndio de Artes, Elos Clube de Londrina (PR-BR), p. 232, 2005.
(2)(3) Carta de Princípios Elistas. CDME, Santos (SP – BR)
(4) Caldas, João Soares in elistas Escrevem III – Compêndio de Artes. Elos Clube de Londrina (PR – BR), 2005
(5) Donoso, Máximo Gonzales in Elismo, Memória, Legado e futuro. Elistas Escrevem III – Compêndio de Artes, p. 41, 2005.
(6) Garrido, Valdemiro: Elismo – Visão Histórica: Aspectos Filosófico e Pragmático.
(7) Romão, Cesar. A Semente de Deus, Sextante, Rio de Janeiro (RJ – BR), 2006, p. 130
(8)Luft, Lia
(9) Romão, Cesar. A Semente de Deus, Sextante, Rio de Janeiro (RJ – BR), 2006, p. 130
(10) Donoso, Máximo Gonzales, in O elismo – Reflexões. Boletim do Elos Clube do Rio de Janeiro (RJ – BR), maio de 2008
(11) Amorim, Celso.

Mensagem à Academia de Letras de Maringá

Prezado(a) companheiro(a), amigo(a):
Com satisfação encaminho mensagem recebida da Presidente da
Academia de Letras de Maringá(PR-BR), para o devido
conhecimento, após ter estado presente à reunião ordinária
do dia 4 de abril de 2010, a convite da Presidente Olga
Agulhon, e levado mensagem sobre o Elismo, a língua
portuguesa e possibilidades de se estabelecer parceria entre
a presente Academia com o Elos Internacional e o Elos Clube
de Maringá(PR-BR): "Elismo: Movimento que congrega valores
humanos e realça a construção plena do ser em sociedade."
Entende, esta Presidência, que é difundindo o Elos
Internacional em Instituições da Sociedade Civil Organizada
que se fortalecerá a sua existência. Por isso, continuamos
a estabelecer estratégias para o alcance das Metas
estabelecidas para esta Gestão 2009-2011. Continuemos de
mãos dadas buscando parcerias entre os Poderes Público e a
Sociedade Civil Organizada. É só nos colocarmos a semear
mais, que os frutos virão em maior monta e com muita
qualidade.
Mário Quintana nos encaminha para o conceito-Viver no
Elismo: " O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você."
Saudações elistas.
CE Maria Inês Botelho-PRESINT

----- Mensagem encaminhada ----
De: Olga Agulhon/Antonio Molonha
Para: Maria Inês Botelho
Enviadas: Segunda-feira, 5 de Abril de 2010 17:29:38
Assunto: Re: Mensagem à Academia de Letras de Maringá


Prezada Maria Inês,
 
Sua participação abrilhantou a reunião da Academia de
Letras de Maringá.
 
Agradecemos pela importante palestra proferida e pelo envio
da mensagem, que será imediatamente repassada aos acadêmicos.
 
Estaremos à disposição para possíveis parcerias em eventos
de incentivo e valorização da leitura, da literatura e da
nossa amada Língua Portuguesa.
 
Fraterno abraço,
 
Olga Agulhon

segunda-feira, abril 05, 2010

UM PESSOA

Guardei como se fosse uma relíquia a imagem de um mineiro que, num pequeno teatro de S. Paulo, se metamorfoseava de Fernando Pessoa. Ele próprio de chamava Fernando e, por um estranho desígnio do destino, tinha feições muito semelhantes às do poeta português. Mineiro! Aquele que trabalha em minas… Ou, noutro sentido da palavra, o natural do estado de Minas Gerais, no Brasil, talvez o mais português dos estados brasileiros. No caso daquele actor, os dois sentido se conjugavam: ele tanto era natural de Minas, como era um mineiro, se considerarmos, o que parece razoável, que a obra de Fernando Pessoa é uma mina de riquezas infindáveis. Mineiro em mais do que um sentido, o Fernando vivia na sombra subterrânea, em busca de uma luz que o ultrapassava maior que ele… Como Pessoa, era um desconhecido de si mesmo, extasiando-se na fruição de uma plenitude luminosa que pressentia mas que estava fora do seu alcance. Quem, humano, pode realmente. Quem, humano, pode realmente captar a totalidade de si mesmo e do universo?
Defronte do palco, os espectadores observavam aquele espectadores observavam aquele espectáculo feito de sombras: a do poeta original, e ado actor que o imitava. Toda a luz era ilusória, no drama de ser humano e de não se poder possuir, em cada momento, senão fragmentos de si próprio. O actor declamava poemas dos heterónimos pessoanos, punha sucessivas máscaras, assumia diferentes posturas perante a vida, ora era um pastor quase analfabeto, um mestre que vivia em harmonia com a natureza, ora era um médico com uma vasta cultura clássica que escrevia odes. Ao viajar por uma multidão de seres, ele não era ninguém, despojava-se de si próprio, era apenas um corpo que ia dando alojamento a diferentes espíritos e modos de ser, de estar no mundo – como um recipiente que vai recebendo as mais variadas bebidas, os mais diversos vinhos.
A certa altura, com a sala envolta em sombras, pareceu-me que o Fernando estava inebriado, por acolher tanta diversidade humana. O assumir de diferentes «máscaras» fazia-o esquecer-se de si mesmo, do peso do seu próprio corpo, e havia nele uma leveza que o elevava, que o fazia viajar pelos mundos astrais. Mais do que um mineiro, transformava-se num artista, num ser alado, para assumir diferentes humanidades para não ser de uma região, nem de um país, para se tornar universal. O português do Brasil, com que declamava os poemas dos heterónimos de Pessoa, e os do próprio Pessoa, dava ainda mais brilho e suavidade à mensagem poética que transmitia, repleta de pepitas de ouro, de diamantes, de relíquias tiradas ao subsolo da
alma humana. Cada sílaba era pronunciada com uma clareza cristalina, as vogais abriam-se como flores na Primavera, a paixão do actor derramava-se pelos versos sucessivos que ele conhecia de cor, como se tivesse nascido com eles e fizessem parte da sua alma. A parecença física com Pessoa impressionava-me, fez-me pensar que, de certo modo, o poeta português, que nunca esteve no Brasil, vivia sobre aquele palco, ressuscitado de uma morte que é sempre aparente para quem crê no poder da fantasia. A vida, mais uma vez, triunfava sobre as sombras da morte, mas para isso ele tinha tido de morrer, depois de uma entrega total, sem limites, à Literatura e às profundezas da alma humana.
Um momento alto do espectáculo foi quando Fernando, o mineiro - se fosse brasileiro, estou em crer que o introspectivo Pessoa seria de Minas – se pôs a declamar poemas da Mensagem, a obra épica em que o poeta português, à semelhança do que Camões fez n’Os Lusíadas, exalta a identidade lusa, ligada aos Descobrimentos. Mas, segundo o poeta, depois da realização material, através do mar, veio a crise de identidade, o nevoeiro, faltando agora cumprir-se o império espiritual, um império de fraternidade… O actor tinha interiorizada a Mensagem e, ao declamar, vários dos seus poemas, foi rei fundador de Portugal, rei lavrador, profeta, navegador, mar português, D. Sebastião… Vendo-o, a este actor mineiro, observei como se metamorfoseou no próprio Portugal, com sotaque do Brasil, e como encarnava perfeitamente a célebre frase de Bernardo Soares «A minha Pátria é a Língua Portuguesa»… As sombras envolviam-no, e criou-se um clima de suspense, terminando pouco depois o espectáculo com a espera de um império de fraternidade universal, o maior dos tesouros, aquele por que anseiam todos os homens de boa vontade…
No fim, caída a cortina, quis ir cumprimentar aquele actor que se tinha exibido num pequeno teatro de São Paulo, não longe da rua da Consolação – que na verdade mais é uma avenida -, para o felicitar da sua actuação. Fora do palco, ele tinha decrescido de tamanho, e havia nele uma espécie de saudade do mundo vasto por onde tinha viajado. Até hoje sinto-o como um irmão, porque partilho com ele a mesma saudade, de um império que perseguimos incessantemente – um império existente no subsolo infinito de riquezas da alma humana, lembrando-nos um tempo em que todos vivíamos irmanados pelo mesmo mistério de existir…

2º Prémio – Modalidade Prosa - Concurso do Elos Internacional 50º Aniversário do Elismo
Autor: Jorge Manuel da Silva Costa Rodrigues* – Oeiras
* Membro do Elos Clube de Lisboa

domingo, abril 04, 2010

SUA BENÇÃO, MÃE!!!

Saudade. Tem sal. Tem dor. Igualdade.
Dizem que a palavra saudade só existe em português. Verdade ou mito, é um sentimento universal que se não houver o termo próprio, sabe-se muito bem vivenciar, sentir. Saudade é um vazio tão grande que não conseguimos preencher. Dizem alguns especialistas que é a palavra mais presente na poesia da Língua Portuguesa. Quem nunca sentiu não viveu. Surgiu provavelmente na época dos descobrimentos, para dar um sentido específico ao sentimento de tristeza dos portugueses que partiam em suas viagens, muitas vezes para nunca mais voltar.
Quanta saudade eles devem ter sentido!!!!
Sua bênção, mãe sentimental!!
A língua é o reflexo da cultura de um povo. Falamos o nosso idioma, mas vamos acrescentando “dizeres”, “ditos”, “falares”. Com tanta miscigenação isso acontece a todo o momento. Sem falar na globalização dos nossos tempos… Nosso idioma tornou-se mais amplo! O português é um idioma muito rico em variáveis sintáticas, as quais, não esquecem a clareza, mas permitem um estilo elegante. Filha de Portugal sim, do latim, mas cheia de influências lá da antiga Lusitânia.
Sua bênção, Mãe Dinâmica!!!
Sempre tive uma espécie de medo da língua portuguesa. Dizem que é complexa, difícil e muito mais.
Imaginava-me conversando com os grandes escritores … será que a mãe iria me abençoar??
Gostava de ler sobre nossa língua e a expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela”, primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, intrigava-me, chamava-me a atenção. Quem era inculta??
A última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do Latim. “Inculta” se reporta a todos aqueles que a maltratam, escrevendo ou falando errado, mas mesmo assim ela continua bela.
Lácio era uma pequena e pobre região às margens do Tibre. No lindo poema, Bilac ainda diz:
“Amo-te assim, desconhecida e obscura…”
A bênção, mãe amada!!!
Tantos anos se passaram, tantas palavras foram escritas. Não quero saber se vale ou não a pena o acordo ortográfico, a unificação da Língua Portuguesa.
Quero saber que você entende o que digo.
Entende meus sentimentos.
Quando eu falo “eu te amo”, não há desacordos.
E gosto particularmente que fomos colonizados por portugueses. Tenho um idioma lindo e que me realiza.
Tenho muitas palavras para expressar o que quero, o que sinto. Tenho orgulhos de não sentir falta e sim sentir
SAUDADE.
Que bom que você me entende.
Sua bênção, Mãe Querida!!!!!

1º Prémio – Modalidade Prosa - Concurso do Elos Internacional 50º Aniversário do Elismo
Autor: Ana Maria Miranda Luna – São Paulo

sábado, abril 03, 2010

MÃE DE MUITAS NAÇÕES

Os Audazes Navegantes
E depois os Emigrantes,
Levaram-te para todo o lado;
Idioma Pioneiro,
Tu és hoje no mundo inteiro
Reconhecido e falado!
Porque no mundo ressoa,
Como já disse Pessoa:
“Minha Língua, Minha Pátria”
Esta Pátria Portuguesa
E a língua são com certeza,
De muitas nações a Mátria!
Em toda a parte se fala,
Não se extingue nem se cala
Esta língua sem barreiras;
Com toda a sua grandeza,
Já não é só portuguesa,
Hoje é língua sem fronteiras…
Por todos acarinhada,
Reconhecida e louvada
P’la nobreza sem igual;
Por que é e foi importante,
É hoje parte integrante
Da História Universal!

Menção Honrosa – Modalidade Poesia
Autor: António Isidoro Viegas Cavaco* – Faro
Membro do Elos Clube de Faro

quinta-feira, abril 01, 2010

LÍNGUA PORTUGUESA

És dum país pioneiro
De nobreza sem rival;
Embora do mundo inteiro,
“És filha de Portugal!”

És a língua portuguesa
Sublimada por Camões,
És um símb’lo de grandeza
E mãe de muitas nações!...”

És nosso orgulho profundo
De tamanho sem igual;
Tu estás em todo o mundo,
“És a língua universal!”

De Portugal partiu
Em todas as direcções,
Hoje tem tal valor e brio,
“Que é cantada por milhões!”


Menção Honrosa – Modalidade Poesia
Autor: António Isidoro Viegas Cavaco* – Faro
Membro do Elos Clube de Faro


Antonio Isidoro Viegas Cavaco no momento em que recebeu o seu prémio

Elos Internacional na Academia de Letras de Maringá-PR-BR

Prezado(a) CE:
 
Comunico que dia 4 de abril de 2010, na Academia de Letras
de Maringá-PR-BR, às 20h, no Hotel Bristol, localizado à Rua
XV de Novembro, centro, esta Presidência estará a explanar
sobre o Elos Internacional, a Convite da Presidência da já
referida Academia, e será um enorme prazer contar com a sua importante
presença.
 
CE Maria Inês Botelho-Presidente do Elos Internacional da
Comunidade Lusíada